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A Secretaria de Urbanismo, realizou na manhã da quinta-feira (07/03) um workshop de vivência e percepção de barreiras urbanas e arquitetônicas por Pessoas com Deficiência do Programa Maricá Acessível, desenvolvido pela Secretaria de Políticas Inclusivas e Urbanismo, com parceria da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O encontro contou com a presença de servidores da Secretaria de Políticas Inclusivas e da Secretaria de Urbanismo.
A reunião abordou especificações técnicas do projeto, que visa determinar um padrão com critérios e medidas para calçadas, tornando-o acessível, livre e com ausência de barreiras. Além disso, os participantes puderam vivenciar os desafios que uma pessoa com deficiência possui diariamente na locomoção, através de uma dinâmica como o uso de cadeira de rodas e andar vendados com bengalas guias.
Para o subsecretário de Políticas Inclusivas, Frank Corrêa, os desafios das pessoas com deficiência são constantes, e o workshop ajuda na conscientização. “Essas dinâmicas são muito importantes para o desenvolvimento social e para a mudança de cultura, uma vez que a acessibilidade ainda não é uma pauta que está em primeiro plano. Dessa forma, o indivíduo cria empatia e se colocar no lugar do outro”, completou.
”Eu achei bem difícil andar sem a visão, se não tivesse alguém ao meu lado me auxiliando, seria impossível. Gostei da ideia que o workshop passou, não só na questão prática, mas na parte teórica também, não sabia que as bengalas tinham cores específicas para cada ocasião”, disse Lívia Enguel, estagiária de psicologia do Centro de Referência de Políticas Inclusivas (CRPI), quando questionada sobre as dificuldades apresentadas na prática da atividade do workshop.
Programa Maricá Acessível
Instituído pelo decreto nº 694 em 28 de abril de 2021 e em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), o programa tem o objetivo de tornar as calçadas da cidade mais acessíveis (embora saibamos que a realidade está bem longe), seguindo normas técnicas para inclusão, qualidade de vida e otimização dos deslocamentos urbanos. O manual destaca a utilização do piso tátil para garantir a acessibilidade universal. Essa iniciativa é resultado do trabalho de uma equipe técnica multidisciplinar composta por membros de diversas secretarias e conselhos.
Mas, infelizmente, a grande maioria das calçadas de Maricá, não possuem piso tátil e boa parte das que possuem, são verdadeiras armadilhas para os que enxergam, potencializando o problema para os deficientes visuais e cadeirantes, que podem ter dificuldade de transitar nestas calçadas onde os pisos táteis foram mal colocados.
Foram promovidas uma série de reuniões para discutir a atualização das normas de acessibilidade como parte do Programa Maricá Acessível. Esses encontros contaram com a participação de diversos órgãos municipais, incluindo a Autarquia de Serviços e Obras de Maricá (Somar), a Secretaria de Trânsito e Engenharia Viária e a Secretaria de Políticas Inclusivas, com o objetivo de ajustar soluções para o rebaixamento de calçadas, dimensionamento ideal dos pisos táteis, especificações de obstrução e obstáculos para garantir entre outras diretrizes a conformidade com a revisão da NBR 16537 e sua implementação na cidade.
Além disso, foi discutida a implementação de rotas macro por distrito para facilitar a acessibilidade em todo o município, conforme estabelecido no Plano de Mobilidade. O manual de calçadas concluiu a primeira revisão e será atualizado com base nesses encontros, estabelecendo critérios para a próxima revisão.
