Serão plantadas 4.722 mudas nativas da mata atlântica da praia de Itaipuaçu até Jaconé
A Secretaria de Cidade Sustentável, iniciou a restauração da restinga de toda a orla marítima da cidade, que receberá o plantio de 4.722 mudas nativas da mata atlântica distribuídas ao longo dos 34 km de vegetação nas praias de Itaipuaçu, Barra de Maricá, Guaratiba, Cordeirinho, Ponta Negra e Jaconé.
Serão plantadas, em agrupamento de ilhas de vegetação, mudas de aroeira, guriri, juramento, papagaio, abaneiro, ipomea roxa, jacaré, rabo-de-galo, fedegoso, feijão-de-porco, pitanga, maria-mole, capororoquinha, fruto-do-café entre outras espécies. As espécies serão distribuídas de modo que não se repitam uma ao lado da outra.
A restinga está inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) de Maricá. Em sua maior parte, encontra-se descaracterizada devido ao histórico de uso de solo e ocupação por espécies exóticas/invasoras e ornamentais. De acordo com a Secretaria de Cidade Sustentável, as ações de restauração e conservação da vegetação são de extrema importância para a manutenção do ecossistema da restinga.
A iniciativa faz parte como projeto de restauração e monitoramento de espécies nativas da restinga.
“O início deste projeto é um marco para o nosso município e possui extrema relevância para o meio ambiente. A Secretaria da Cidade Sustentável promoverá a implantação de 49 Ilhas de vegetação de restinga ao longo da nossa orla, promovendo assim a restauração ambiental adequada e protegendo nossas espécies endêmicas. É Maricá cada vez mais crescendo de forma sustentável”, destacou a secretária de Cidade Sustentável, Andressa Bittencourt.
Entre outras ações previstas estão o agrupamento de ilhas de vegetação, o cercamento utilizando mourões de eucalipto tratado e fios de arame galvanizado liso, a limpeza de toda a área, com remoção e descarte de resíduos sólidos urbano, além da destocagem manual e mecânica das espécies exóticas e controle por defensivos químicos.
Ativista e ambientalista Flávia Lanari discorda de algumas informações
Segundo a ambientalista Flávia Lanari (com grande conhecimento da causa), o fragmento mais rico e significativo de toda a restinga que já orlou nosso litoral inteiro está dentro da APA. Todo o resto se perdeu com a expansão imobiliária que atingiu nossa zona costeira. O que resta fora da restinga da APA é insignificante, apenas aquela vegetação rasteira - importantíssima pra conter o avanço do mar em suas ressacas mais radicais, mas muito pouco quando se pensa no ecossistema de restinga como um todo, que é muito mais rico, com variados patamares, como cordões arenosos, vegetação rasteira mas tb arbustiva e mesmo arbórea em certos locais, etc.
Fotos: Elsson Campos