Estrela de seriado nos anos 1960, ator deixa marca na TV brasileira: 'Sua criatividade, competência e dedicação o transformaram em um ícone', diz a Polícia Militar do Estado de São Paulo
O primeiro herói brasileiro da tv, o ator e policial militar Carlos Miranda, astro de "O vigilante rodoviário", morreu na segunda-feira (17/02), aos 91 anos. O seriado foi exibido pela extinta TV Tupi entre 1962 e 1963, e estreou na TV Globo em 1972. A notícia foi dada por representantes do Policiamento Rodoviário da Polícia Militar de São Paulo, por meio de comunicado nas redes sociais.
A página da Polícia Militar do Estado de São Paulo escreveu: "Com profunda tristeza, recebemos nesta manhã a notícia do falecimento do Ten. Cel. Carlos Miranda, o eterno Vigilante Rodoviário. Símbolo de uma geração, ele foi o primeiro super-herói brasileiro de uma série de TV, deixando uma marca indelével em todos que o acompanharam. Sua criatividade, competência e dedicação o transformaram em um ícone, que mais tarde se tornou um Policial Rodoviário".
Hit da TV brasileira nos anos 1960, "O vigilante rodoviário" tinha o ator Carlos Miranda (primeiro grande herói brasileiro) no papel-título e o cão pastor alemão Lobo como coestrela das peripécias do patrulheiro em torno da Rodovia Anhanguera, em São Paulo. O vigilante rodoviário era um policial sem truques nem efeitos especiais, que usava armas comuns e andava pelas estradas a bordo de um Simca Chambord 1959 e ou de uma Harley-Davidson 1952.
Após se aposentar da polícia "de verdade", como tenente-coronel, Carlos Miranda retomou seu personagem para participar de encontros de colecionadores de automóveis e de palestras. Nos últimos anos, ele montou dois carros da antiga marca Simca com pintura semelhante à usada na série — o primeiro foi destruído num acidente, em 2007.
Velório, sepultamento e adeus
O velório, aberto ao público, foi realizado na segunda-feira (17/02), na Assembleia Legislativa de São Paulo a partir de 15:30 h. O sepultamento aconteceu na terça (18), às 10h, no Mausoléu da Polícia Militar, situado no Cemitério do Araçá, em São Paulo.
Vai deixar muita saudade principalmente naqueles com mais de 55 anos.