Jamili Carvalho Oliveira (35) anos, morreu ao ficar internada no Hospital do Vicentino, em São Vicente (SP) para passar por preenchimento de glúteo com hidrogel. A Polícia Civil investiga o caso registrado como morte suspeita.
Conforme registrado em boletim de ocorrência, a vítima se submeteu a um preenchimento de glúteo com hidrogel.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente afirmou que Jamili morreu às 05:12h de sábado (13/9), após ser internada no Hospital do Vicentino. De acordo com a administração municipal, a suspeita clínica inicial é de sepse de foco cutâneo [quando uma infecção na pele evolui para uma resposta inflamatória sistêmica] que, segundo o comunicado, está possivelmente relacionada ao uso do hidrogel.
Ainda segundo a prefeitura, o corpo foi encaminhado para uma unidade do Instituto Médico Legal (IML), que vai apontar a causa da morte da vítima. O local onde o procedimento estético ocorreu não foi divulgado oficialmente.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia Sede de São Vicente (SP).
Morte após mal súbito
O boletim de ocorrência foi registrado por uma tia de Jamili na delegacia da cidade. A mulher afirmou que a sobrinha passou pelo procedimento estético em 15 de agosto.
No dia 26 daquele mês, porém, a vítima apresentou um "mal súbito" e foi encaminhada ao pronto-socorro, onde permaneceu internada por conta de infecções, ainda segundo o relato.
Prefeitura
A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), informou que durante todo o período de internação a paciente recebeu "todos os cuidados médicos necessários por parte da equipe hospitalar".
A Sesau ressaltou que o procedimento envolvendo o uso de hidrogel não foi realizado na unidade de saúde.
A vaidade está matando cada vez mais mulheres, que passam por procedimentos estéticos (sem nenhuma necessidade, pois já são bonitas, tem corpos bem feitos mas estão querendo sempre mais).
Médico responsável por cirurgia estética que levou jovem à morte na Zona Oeste do Rio é preso
José Emílio de Brito foi preso nesta segunda. Marilha Menezes Antunes morreu no dia 8 de setembro, durante uma lipoaspiração com enxerto de glúteos. O laudo do IML apontou perfuração no rim e hemorragia interna.
A Polícia do Rio prendeu na segunda-feira (15/9) José Emílio de Brito, responsável pela cirurgia que levou à morte de Marilha Menezes Antunes (28) uma jovem linda que não precisava de procedimento estético, na semana anterior, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. José Emílio foi preso na Tijuca, Zona Norte do Rio e contra ele havia um mandado de prisão temporária.
A polícia interditou a clínica Amacor, em Campo Grande, onde o médico alugava uma sala para realizar procedimentos estéticos. O local tinha medicamentos vencidos e não possuía condições adequadas.
Foi lá que Marilha Menezes Antunes morreu no dia 8 de setembro (por pura vaidade), durante uma lipoaspiração com enxerto de glúteos. O laudo do IML apontou perfuração no rim e hemorragia interna.
José Emílio de Brito responde a mais de dez processos na Justiça. Circunstâncias semelhantes já haviam provocado a morte de outra paciente em 2008, em uma casa de saúde no Jardim América. Por esse caso, José Emílio de Brito foi condenado em 2018 a dois anos e quatro meses por homicídio culposo. A pena foi substituída por prestação de serviços e multa.
Quatro ex-pacientes do médico já foram intimadas a depor. Muitas relatam constrangimento para falar, já que buscaram melhorar a autoestima e acabaram com marcas e sequelas.
Na segunda-feira 15, depoimentos sobre a morte de Marilha foram retomados na Delegacia do Consumidor. Integrantes do Samu que prestaram socorro, uma ex-paciente, além do pai e da irmã da jovem foram ouvidos.
“Eu estou muito emocionada, hoje faz uma semana. Onde ela estiver, que ela saiba que a justiça vai ser feita. E ele não vai matar mais ninguém”, disse Léa Caroline Menezes, irmã da Marilha, após a prisão.
O que dizem os citados
A defesa do médico, ainda não se manifestou.
Após a prisão, a clínica se manifestou com a seguinte nota:
"A clínica lamenta profundamente o falecimento da paciente e manifesta sua solidariedade à família neste momento de dor.
Esclarecemos que o médico responsável pelo procedimento atuava de forma independente, tendo apenas alugado o centro cirúrgico. Antes da locação, foram verificadas junto ao CRM/CREMERJ suas credenciais, que se encontravam regulares.
Ressaltamos que a clínica não forneceu medicamentos, materiais móveis ou insumos utilizados no procedimento, sendo esses de responsabilidade exclusiva do médico que alugou o espaço.
A instituição foi vistoriada pela Anvisa recentemente, tendo obtido laudo favorável que atesta a conformidade com as normas sanitárias vigentes.
A clínica não mantém qualquer vínculo societário ou de parceria com o referido médico e segue colaborando integralmente com as autoridades para o total esclarecimento do caso.
Reafirmamos nosso compromisso com a ética, a legalidade e, sobretudo, com a segurança de nossos pacientes".