A Petrobras anunciou na sexta-feira, 14/02, a descoberta de um novo bolsão de petróleo no Campo de Búzios, localizado na Bacia de Santos, a cerca de 189 km da costa do Rio de Janeiro, onde essa nova jazida irá impactar diretamente a produção de óleo bruto na região e influenciará na arrecadação de royalties para municípios limítrofes como Maricá, Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios, Rio das Ostras e Niterói.
O poço foi perfurado a uma profundidade de aproximadamente 1.940 metros, e testes realizados a 5,6 mil metros confirmaram a presença de reservatórios de petróleo. A Petrobras destacou que o material descoberto passará por análise laboratorial para avaliação do potencial de produção. Segundo a estatal, a descoberta reforça o potencial do pré-sal no Campo de Búzios.
Atualmente, o Campo de Búzios (o maior do mundo em águas profundas) produz cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, gerando aproximadamente R$ 1,1 bilhão em royalties mensais.
A expectativa é que, com o aumento da produção, Maricá em especial, possa ter um reforço significativo em sua arrecadação, aumentando investimentos em infraestrutura, educação e segurança. O impacto real, no entanto, dependerá dos próximos passos da Petrobras e dos critérios de distribuição de royalties adotados pelo governo federal.
5 curiosidades sobre Campo de Búzios, o maior do mundo em águas profundas
1. Um gigante submerso: a enormidade do Campo de Búzios
O Campo de Búzios concentra o maior volume de óleo e gás em águas profundas do mundo. Búzios não é apenas extenso: é, também, grandioso em termos de óleo e gás. Com uma área impressionante de 852 km², tem espaço suficiente para abrigar 115 mil campos de futebol!
Para visualizar o tamanho, pense na Baía de Guanabara duplicada, com ainda alguns quilômetros extras. A espessura do reservatório, até 480 metros, é semelhante à altura icônica do Pão de Açúcar.
2. Uma jornada de desenvolvimento que se estende por centenas de quilômetros
Para conseguirmos desenvolver uma parcela da extensão do campo, construímos 45 poços e instalamos 550 quilômetros de dutos flexíveis, entre risers, flowlines e umbilicais.
Se somarmos o comprimento dos poços e equipamentos submarinos, podemos "viajar" em linha reta do Rio de Janeiro a Blumenau, em Santa Catarina.
3. Velocidade impressionante: mais de um bilhão de barris em cinco anos
Em junho de 2023, apenas cinco anos desde o início de suas operações, o campo de Búzios atingiu a produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe).
Esse resultado se deve à alta produtividade por poço em Búzios, à evolução do conhecimento acumulado nos campos do pré-sal e à utilização de tecnologias de última geração desenvolvidas para ampliar a eficiência dos reservatórios.
4. Recordes submarinos: poços superprodutivos
Além de ostentar um óleo de excelente qualidade, o Campo de Búzios também abriga poços superprodutivos: seis deles alcançaram o status de poços offshore mais produtivos do país!
Atualmente, o campo de Búzios opera com cinco plataformas, todas do tipo FPSO: P-74, P-75 (foto acima), P-76, P-77 e Almirante Barroso, que entrou em produção neste ano.
5. O sucesso de Búzios: quase um quinto de toda a produção nacional
O Campo de Búzios é uma verdadeira potência na produção de óleo. E a chegada da plataforma Almirante Barroso contribuirá ainda mais para a produção de óleo no local, cuja média atual é de 560 mil barris por dia, o equivalente a cerca de 17% da produção nacional.
Nosso Plano Estratégico 2024-2028+ ainda prevê a instalação de mais seis unidades em Búzios até 2027, quando a expectativa é que sua capacidade instalada alcance 2 milhões de barris de óleo por dia.
A saga de Búzios na vanguarda da exploração submarina
Em meio às águas profundas do Campo de Búzios, testemunhamos não apenas a grandiosidade da produção de óleo e gás, mas também a materialização de avanços tecnológicos e conquistas importantes para o cenário global. Entre elas, estão as inovações desenvolvidas para o início da produção no campo, em 2020, que receberam o renomado prêmio Distinguished Achievement Award.
O Campo de Búzios iniciou suas operações em 2018 e já é hoje o segundo maior campo produtor do país, atrás apenas do Campo de Tupi (também na Bacia de Santos). Juntos, ambos impulsionam nossa exploração e produção de petróleo no pré-sal, produzindo um dos óleos mais descarbonizados do mundo.
Nossa evolução através dos anos em campos como o de Búzios é que nos possibilita garantir a energia que o Brasil precisa ao mesmo tempo em que lideramos uma transição energética justa.