"CHEIRO DE ESGOTO, DESPREZÍVEL E BAIXO NÍVEL” LÍDER DO PT DETONA PREFEITO DE MARICÁ E ESCANCARA A GUERRA INTERNA NO PARTIDO
O clima político no Partido dos Trabalhadores (PT) azedou de vez no Rio de Janeiro.
O embate entre o senador Lindbergh Farias, líder do partido na Câmara dos Deputados, e o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, tomou proporções inéditas e expôs a crise moral e estratégica dentro da legenda.
Após ser acusado por Quaquá de “usar a máquina federal” em benefício próprio, Lindbergh respondeu com uma fala que já entrou para a história política do estado, classificando o prefeito como “cheiro de esgoto”, “desprezível” e “baixo nível”.
“Dá preguiça e uma sensação de perda de tempo ter de responder a uma figura que eu, cada vez mais, considero desprezível. Sabe, baixo nível, cheiro de esgoto”, escreveu o senador nas redes sociais.
O parlamentar reagiu às críticas de Quaquá, que também atacou a ministra Gleisi Hoffmann e o deputado André Ceciliano, acusando-os de favorecer aliados e negligenciar o fortalecimento da campanha de Lula e Eduardo Paes no Rio de Janeiro.
Lindbergh rebateu com firmeza, afirmando que as obras citadas por Quaquá foram selecionadas no PAC no início do governo Lula, quando Gleisi nem ministra era. E encerrou com ironia e desdém:
“Sinceramente, esse Quaquá sobra no PT.”
Mas há um detalhe que o próprio prefeito de Maricá parece ignorar e que não passa despercebido pela população e por seus antigos aliados: enquanto acusa o senador de usar a máquina federal, Quaquá é apontado como mestre em se beneficiar das estruturas municipais e estaduais para consolidar seu poder.
Nos bastidores, a crítica é clara: o prefeito transformou a Prefeitura de Maricá em um verdadeiro balcão de negociatas, provocou um desemprego em massa para abrir espaço na máquina pública deixando milhares de famílias atingidas, usando o cargo e os recursos públicos para impulsionar projetos pessoais e familiares, incluindo a tentativa de eleger o filho e manter a ex-esposa, Rosângela Zeidan, na Assembleia Legislativa.
O comportamento contraditório revela o duplo padrão político de um homem que, no passado, se apresentava como defensor dos trabalhadores, mas que hoje é visto como um empresário milionário e símbolo da política que diz combater.
O jornalista Ricardo Cantarelle (TV Copacabana web), que acompanhou de perto a trajetória dos dois, recorda o início dessa relação:
“Conheci Lindbergh quando ele ainda era estudante e veio a Maricá por intermédio do próprio Quaquá, que na época o chamava de amigo. Eu disse que aquele jovem teria um papel importante na política, e o tempo confirmou. Hoje, ironicamente, é Lindbergh quem arranca a máscara de Quaquá mostrando o abismo entre o homem idealista do passado e o político dominado pelo poder e pela vaidade que ele se tornou.”
A distância entre os dois antigos aliados também simboliza a decadência ética de um projeto político que se perdeu em meio ao fisiologismo. E, como bem dizia o saudoso Ivan Lopes de Carvalho, o lendário Capitão do Mato, em seu programa “Comunidades em Ação”:
“POLÍTICA É ARTE DE ENGANAR O POVO”
A frase, outrora uma crítica à velha política, hoje ecoa como retrato fiel do que se vê em Maricá.
Um governo que se diz popular, mas age com as práticas mais antigas do poder onde acordos, favorecimentos e interesses pessoais prevalecem sobre o bem público.
Enquanto Lindbergh e Ceciliano defendem a candidatura de Benedita da Silva ao Senado, Quaquá tenta emplacar Neguinho da Beija-Flor, intensificando o racha dentro do partido.
O resultado é um PT dividido, enfraquecido e mergulhado em disputas internas, em plena crise de credibilidade.
Hoje, grande parte da classe política e da própria base do partido já identifica a presença de Quaquá não por suas ideias, mas pelo odor moral que o acompanha, o cheiro de esgoto que o senador tão bem definiu.
matéria da TVC (TV Copacabana web)
 






