SÓ 'SACANAGEM!!!' Golpe bilionário atinge programas sociais com a Operação Farra Brasil 14. Seis prisões foram realizadas em Niterói.
Na sexta-feira (19/9), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Farra Brasil 14, que tem como alvo um grupo criminoso especializado em fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem, usado para pagamentos de programas sociais, FGTS e Seguro-Desemprego.
A operação, coordenada pela Delegacia da PF em Niterói, resultou no cumprimento de seis mandados de prisão preventiva em cidades da Região Metropolitana: Niterói, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu.
Como funcionava o esquema
As investigações revelaram que o grupo criminoso cooptava funcionários da Caixa Econômica Federal e de lotéricas, que recebiam propina para liberar o acesso indevido às contas sociais de terceiros. Em alguns casos, um único funcionário chegou a receber mais de R$ 300 mil em transferências ilegais.
As vítimas eram, em sua maioria, beneficiários de programas sociais do Governo Federal, mas os golpes também atingiram recursos do FGTS e do Seguro-Desemprego.
Prejuízo bilionário
De acordo com a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da PF, desde a criação do aplicativo Caixa Tem, em 2020, já foram registrados 749 mil processos de contestação de transações suspeitas. A Caixa informou que já ressarciu mais de R$ 2 bilhões às vítimas.
Primeira fase da operação
Na primeira fase, deflagrada em abril, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e aplicadas medidas cautelares a 16 investigados. A nova etapa foi autorizada após a PF comprovar que os criminosos continuavam cometendo as fraudes.
Crimes investigados
Os alvos respondem pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informação.