Ex‑presidente do Inmetro, já investigado pelo MPF, recebe nova bolsa de R$ 144 mil do ICTIM em Maricá. Enquanto isso, NAIR entidade que atende jovens e adultos PCDs não recebe um único centavo do executivo municipal
Carlos Augusto de Azevedo, ex-presidente do Inmetro e ex‑chefe de gabinete do então ministro Celso Pansera, voltou a ser beneficiado pelo ICTIM - Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá. Embora já responda a processos por fraude, improbidade administrativa e até assédio moral, o investigado recebeu uma nova bolsa de pesquisa no valor de R$ 144.000,00, conforme publicação no Jornal Oficial de Maricá. O caso levanta questões sobre critérios de seleção, transparência e possível apadrinhamento político.
Histórico de Azevedo: investigações e condenação
Carlos Augusto Azevedo foi presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), vinculado ao Ministério da Economia. Sua gestão no órgão foi marcada por graves suspeitas.
Ele é alvo de inquérito civil milionário aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de fraude e improbidade administrativa na contratação emergencial da sede do Inmetro, em Brasília. O caso envolve a empresa Harpia Negócios Imobiliários, contratada sem licitação para alugar quatro salas por cinco anos, no valor total de R$ 7,7 milhões. A negociação, segundo o MPF, foi feita às pressas mesmo após o órgão ter sido notificado seis meses antes da necessidade de mudança.
Ainda de acordo com o MPF, ao menos nove inquéritos foram abertos para investigar irregularidades durante sua gestão no Inmetro, incluindo fraudes em contratos com empresas de limpeza e de processamento de dados, além de denúncias de assédio moral contra servidores.
Antes disso, Azevedo já havia sido condenado em segunda instância por improbidade administrativa na época em que presidiu a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), no estado do Rio de Janeiro.
Nova bolsa de R$ 144 mil do ICTIM
Mesmo com esse extenso histórico de problemas, Azevedo segue recebendo benefícios públicos. Em julho, a concessão de uma nova bolsa de R$ 144.000,00 a ele no âmbito do ICTIM, presidido atualmente por Cláudio de Souza Gimenez, um indicado de Celso Pansera.
A bolsa é descrita como voltada à “prospecção tecnológica no âmbito de ensino, pesquisa e extensão visando ampliar formação de RH em todos os níveis de forma a dar sustentação ao desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação”.
Farra das bolsas sem transparênciaO caso de Azevedo reforça críticas já feitas à forma como o ICTIM distribui recursos públicos. A concessão de bolsas tem sido feita sem critérios claros, sem edital público e sem processo seletivo transparente.
Denúncias apontam um verdadeiro esquema de apadrinhamento político, onde aliados ou nomes ligados ao grupo político dominante na cidade são favorecidos.
Já foram feitas reportagens denunciando a falta de critério e o descontrole na distribuição de bolsas, inclusive revelando que secretários municipais, como o de Saúde, e o presidente da EPT acumulam salários públicos com bolsas do ICTIM.
https://obaraoj.blogspot.com/2025/08/sem-licitacao-presidente-e-diretor-da.html
https://obaraoj.blogspot.com/2025/09/6-por-meia-duzia-depois-do-vacilo-bolsa.html
Conclusão
A nomeação de Carlos Augusto Azevedo para mais uma bolsa no ICTIM, mesmo com um histórico de denúncias e condenação por improbidade, revela uma grave distorção na política de fomento científico municipal. A falta de critérios objetivos, de transparência e de controle público na concessão dessas bolsas fragiliza o papel do instituto e fere princípios básicos da administração pública.
R$ 144 mil que poderiam ser divididos para o NAIR e PESTALOZZI e que resolveriam diversos problemas emergenciais
Enquanto gastam fortunas para apadrinhados, executivo municipal não não um único centavo apara entidades como o NAIR e Pestalozzi
Entidades filantrópicas de Maricá, com décadas de existência tais como a PESTALOZZI e o NAIR (este prestes a completar 25 anos) e atendendo de modo único cerca de 50 jovens e adultos com mobilidades motoras e intelectuais reduzidas (vários tipos de PCDs), lutam para receber alguma verba que ajude a manutenção dos seus essenciais à municipalidade e que, como no caso do NAIR, não existe similaridade em termos de atendimento em toda Maricá.
O dia que o executivo municipal tiver vergonha na cara (e SENSIBILIDADE) à começar pelo alcaide, essas entidades serão devidamente respeitadas e reconhecidas pelos seus trabalhos (já reconhecidas por toda a sociedade) e terão bom senso de pegar valores como desta bolsa que irá beneficiar sabemos bem como apenas uma única pessoa QUE EM NADA CONTRIBUIU e CONTRIBUI com Maricá (se ele tiver vergonha não aceitará esta bolsa escusa) e distribuir com entidades como o NAIR e PESTALOZZI Maricá.







