Ricardo Pericar, vice-prefeito de São Gonçalo que faz grande oposição ao prefeito José Nanci (que testou positivo para o Covid 19, depois de receber R$ 90 milhões do doação de Niteroie Maricá e ainda dizer que os prefeitos destas cidades não tem nada de bonzinhos) faz grave denúncia sobre a farra da doação dos R$ 90 milhões, dizendo que o governo estadual e a prefeitura de São Gonçalo irá "gerenciar" o dinheiro recebido e mostra um hospital totalmente pronto, que poderá ser colocado para funcionar com um custo muito menor e que ficará posteriormente para a população pós pandemia.
Apesar do video ser longo, vale a pena assitir para descobrir e saber tudo sobre o desperdício de dinheiro público. Pericar, já fez diversas denúncias contra o governo de Nanci e o Ministério Público (embora com muita demora), está investigando.
Pericar denuncia também farra no governo do estado que já gastou cerca de R$ 2 BILHÕES para o suposto combate ao Covid 19. Wilson Witzel também testou positivo (será castigo divino????????) e na manhã da quinta feira 07/5, seu ex-secretário de saúde foi preso em operação da Policia Federal.
Confira matéria da revista VEJA, logo após o video de Pericar.
Ex-secretário-executivo de Saúde de Witzel está preso
Gabriell Neves é suspeito de corrupção na compra emergencial sem licitação de respiradores para pacientes com coronavírus
O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Gabriell Neves foi preso na manhã desta quinta-feira, 7, em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público estadual (MP). Ele e mais três pessoas, que também foram detidas, são suspeitos de corrupção na compra emergencial de respiradores para pacientes com coronavírus. Em entrevista exclusiva a VEJA, em 24 de abril, Neves responsabilizou seu ex-chefe, o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, por ter autorizado todos contratos de quase um bilhão de reais, mas negou irregularidades.
Gabriell Neves foi exonerado pelo governador Wilson Witzel (PSC) em dia 20 de abril exatamente por denúncias de vantagens indevidas. Além dos respiradores, foram adquiridos sem licitação máscaras e testes rápidos. A ação batizada de Operação Mercadores do Caos conta com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária (GAESF/MPRJ), de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Delegacia Fazendária (DELFAZ).
O material apreendido servirá para instruir as próximas etapas da investigação que está em andamento. Há sigilo judicial decretado. Outros 13 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital. Procurados por VEJA, Witzel e Edmar Santos ainda não se pronunciaram. Em nota, a Secretaria estadual de Saúde disse que “segue o compromisso de transparência e aderindo as orientações do TCE (Tribunal de Conta do Estado) e MP”. “A secretaria esclarece que todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle estão sendo prestadas”, completou.
“As compras eram determinadas pelo secretário Edmar Santos ou com anuência dele. Outras pessoas também poderiam, eventualmente, demandar uma necessidade. Mas tudo era feito em consonância com o secretário. Ele avalizava o que era solicitado pelos quadros técnicos”, explicou Neves a VEJA, em seu escritório, no Centro do Rio. A VEJA, no entanto, o ex-secretário-executivo disse que se amparou na lei federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que permite compras emergenciais sem concorrência pública em função do coronavírus.
Gabriell Neves, que é advogado, centralizava todas as compras realizadas pela secretaria estadual de Saúde, pasta com influência de Pastor Everaldo Pereira, dono do PSC, partido de Witzel. Neves começou no cargo no início de fevereiro deste ano por indicação de Edmar Santos. Os dois se conheceram em 2016. Naquele ano, Neves era secretário estadual de Ciência e Tecnologia do governo Luiz Fernando Pezão (MDB), preso na Operação Lava Jato. À época, Santos ocupava a direção-geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, zona norte do Rio.
Neves também fez parte da equipe do ex-governador Sérgio Cabral, outro preso na Lava Jato. Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ocupou a chefia de Gabinete do deputado estadual Gustavo Tutuca (MDB). Trabalhou ainda com o pai do parlamentar quando este era prefeito de Piraí. No município do Sul-Fluminense, Neves batia ponto como procurador. Antes de iniciar na gestão Witzel, ele estava como secretário de Saúde de Seropédica, na Baixada Fluminense.
“Há uma diferença de preços estratosférica. Teve um momento que a proposta era oferecida de manhã e, à tarde, não valia mais. Equipamentos que, antes da pandemia custavam 50 mil reais, hoje custa 220 mil reais no preço médio de mercado. Talvez isso dê a impressão de sobrepreço, o que não é verdade. Nunca houve tentativa de corrupção da parte de ninguém”, justificou Neves a VEJA.
A maior parte dos recursos – 836 milhões de reais – está destinada à Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para a implementação de 1.400 leitos em hospitais de campanha. Mesmo proibido pela Prefeitura do Rio de participar das licitações no âmbito do município por suspeita de irregularidades, o Iabas teve o aval de Gabriell Neves para prestar o serviço ao governo Witzel. “E de forma satisfatória”, ressaltou Neves, que assinou este contrato em nome do secretário Edmar Santos.