A Secretaria de Saúde de Maricá está com uma nova van para o transporte de pacientes nos deslocamentos de tratamentos, exames e consultas médicas. O veículo é adaptado para atender cadeirantes. Doada pelo governo do Estado, ela vem se juntar as outras quatro vans e a outros 11 carros com tal função. Diariamente são transportados em torno de 110 pacientes.
O uso vai depender da demanda, já que o setor funciona com agendamento, feito através de uma central, no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro. Porém, neste momento de pandemia, as marcações são somente por telefone (21 2634-2620).
As locomoções são feitas, principalmente, para a realização de hemodiálise, quimioterapia e tratamento para crianças com deficiência para qualquer lugar da cidade ou do estado. Os documentos necessários para usufruir do serviço são: cartão do SUS, comprovante de marcação pelo SUS e comprovante de residência. Cada paciente tem direito a um acompanhante.
“O transporte sanitário é muito importante porque garante à população de Maricá o acesso e a mobilidade a qualquer atendimento complexo, em que o paciente tenha dificuldades de comparecer. Prezamos pelo conforto, qualidade e educação para amenizar, no mínimo que seja, o procedimento que, por muitas vezes, tenham que passar", ressalta Leonardo Spalla, coordenador de Transporte.
Morador de Itaipuaçu, Edigley da Conceição Luiz foi diagnosticado há 13 anos com osteomielite – doença infecciosa crônica, que atinge ossos longos como o fêmur, a tíbia ou o úmero. Começou a fazer o tratamento no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio, teve diabetes, o que agravou o caso, e o fez perder os membros inferiores aos poucos, por amputação.
“Faço tratamento de diabetes no INTO e acompanhamento psiquiátrico no Rio. Sou um paciente cadeirante, bilateral, ou seja, não tenho as duas pernas. As vans adaptadas da prefeitura me ajudam muito porque minha cadeira é muito pesada e eu estou impossibilitado de usar prótese. Elas são como minhas pernas, me levam para onde preciso e me trazem para casa em segurança. Sempre que ligo sou bem atendido, eles nunca me deixaram na mão”, afirma Edigley, que tem um filho de 12 anos com Jucélia, sua companheira desde antes do início dos tratamentos.
Outro exemplo de uso, segundo Edigley, é levar sua cadeira de rodas até a Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) em Niterói para revisão e regulagem. “Eu faço o agendamento e tenho acesso ao serviço de transporte de pacientes. Sou a prova vida da qualidade do serviço”, conclui.