sábado, 21 de junho de 2025

"'O Império das Promessas Vazias' – O Desgoverno de Quaquá em Maricá!" por Amaro Siqueira Barros

 


Maricá vive hoje uma das fases mais desastrosas de sua história recente. A cidade que ostenta uma arrecadação bilionária — turbinada pelos royalties do petróleo —, afunda num mar de promessas malucas, delírios populistas e incompetência administrativa. No centro desse cenário caótico está Washington Quaquá, prefeito reincidente que já provou, por atos e omissões, que governa para sua vaidade e seu grupo — não para o povo.


A cada semana, um novo anúncio mirabolante: porto internacional, hotel 7 estrelas, shopping center flutuante, cidade do samba, Maricá Futebol Clube na Série A, teleférico ligando bairro a bairro. Mas o que se vê nas ruas é o oposto: desemprego crescendo, obras paradas ou sequer iniciadas, servidores com salários atrasados, comércio sufocado, moradores de rua em expansão e um povo que já não acredita em mais nada.

Não há sequer um projeto estruturante entregue. A máquina pública inchada tornou-se instrumento de favorecimento político e empreguismo. Os cortes anunciados, que deveriam racionalizar gastos, vieram acompanhados da manutenção de privilégios e de verbas milionárias para eventos e apadrinhados. Como se pode justificar o repasse de R$ 8 milhões para uma escola de samba enquanto os professores aguardam salários e as UBSs enfrentam falta de médicos e insumos?

A crise financeira, exposta em números — mais de R$ 1,47 bilhão em déficit — é fruto direto de má gestão. Quaquá não apenas gasta mal: ele promete como se o dinheiro fosse infinito e os maricaenses, tolos. Mas o povo sente na pele o rombo: a fila para atendimento cresce, a cidade está mais insegura, e a juventude, sem perspectiva.

A cereja do bolo do absurdo é que, mesmo com esse cenário, o prefeito segue investindo em propaganda, shows e autopromoção. A cidade virou um palco, onde se encena um governo de fantasia enquanto os bastidores apodrecem. E quem ousa criticar, logo é taxado de “inimigo do progresso” por uma rede digital bem financiada.

O que Maricá presencia é um desgoverno crônico, onde não há responsabilidade, transparência ou compromisso com o futuro. É um projeto pessoal de poder sustentado por cortinas de fumaça e discursos vazios. E o mais grave: não há oposição institucional capaz de conter esse desvario. A cidade está, hoje, refém de um populismo performático, irresponsável e corrosivo.

Maricá merece mais. Merece gestão, verdade, humildade e entrega. O que temos hoje é um reinado de promessas delirantes e uma realidade que sangra em silêncio...


Amaro Siqueira Barros é jornalista e radialista