Comércio de linha chilena cresce na internet; campeonatos ilegais deixam praias sujas e fazem vítimas no Rio. Famílias de vítimas de acidentes com linha chilena pedem punições mais graves para o uso e comércio do material.
Vários motociclistas já morreram ou ficaram seriamente feridos depois de serem atingidos por uma linha chilena, ou linha indonésia ou linha com cerol. Mas não só motociclistas são vítimas, até mesmo pedestres (adultos e crianças), são vitimas em passeios pela orla, por determinadas avenidas de várias cidades brasileiras, em praias e parques.
Não existe irregularidade em soltar pipa em uma área aberta e segura. O que é proibido é usar linhas cortantes, como a chilena, a indonésia ou a com cerol.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Fábio Contreiras, explica que todas as linhas cortantes são perigosas e podem causar a morte.
Entenda as diferenças entre elas:
Linha com cerol: é a mais tradicional e usada há muitos anos. É feita com cola e vidro moído.
Linha chilena: é feita com linha de algodão, mas tem a mistura do óxido de alumínio e pó de quartzo, que são substâncias mais cortantes.
Linha indonésia: é uma linha sintética, de náilon, feita com carbeto de silício e uma cola instantânea, chamada de cianoacrilato.
Vender, usar e transportar esse tipo de material é crime, com pena prevista de três meses a 1 ano de prisão. E quem comercializa, ainda pode ser punido com pagamento de multa de R$ 17 mil em todo o estado do Rio de Janeiro.
Maricá
A Guarda Municipal de Maricá através da ROMU, intensifica ações contra este tipo de irregularidades. Os períodos de férias, feriados prolongados e finais de semana, o problema se potencializa, ocorrendo vários incidentes. O GM Silva, coordenador da ROMU, explica no vídeo abaixo os efeitos devastadores destas linhas: