Assim que chegaram os primeiros ônibus da então MTP - MARICÁ TRANPORTES PÚBLICOS em 2013 (que em novembro de 2014 viraria EPT), começou a UTOPIA do então prefeito Washington Siqueira (o Quaquá) em fazer a ligação por barcos catamarãs entre São José do Imbassai e Araçatiba, projeto este que apesar de sair do papel, nunca foi executado e virou mais um fato utópico.
Passado uma década, já no seu terceiro mandato, a UTOPIA voltou. Se pensassem em um sonho talvez pudesse se realizar, mas enquanto for considerado uma utopia (coisas inatingíveis), nada será realizado. Vamos então SONHAR?
A Prefeitura deu o pontapé inicial em MAIS um estudo de viabilidade, desta vez para TENTAR implementar o primeiro sistema de transporte aquaviário municipal – apelidado de “Vermelhinho das Águas”. A iniciativa pretende criar uma linha de embarcações ligando diferentes pontos do município através das lagoas, nos moldes da Tarifa Zero (transporte público gratuito) já oferecido pelos ônibus vermelhinhos. A expectativa é de que, SE IMPLEMENTADO, o novo modal melhore a mobilidade urbana, TENTANDO aproveitar os recursos hídricos locais que para isso, precisarão ter canais dragados, lagoas e rios limpos, integrando-se ao esforço da gestão atual em transformar canais e lagoas navegáveis para uso da população, projeto apresentado em 2014, numa feira na França, com o lançamento do CANAL DA COSTA ligando o Recanto à Ponta Negra, que obviamente, ficou na UTOPIA. Ferry.
Estudo de viabilidade em andamento
O diretor de Obras Diretas da CODEMAR (Companhia de Desenvolvimento de Maricá), Rodrigo Corrêa, explicou que a equipe técnica iniciou os trabalhos de campo para avaliar as condições do trajeto proposto. “Hoje (06/8), iniciamos a nossa jornada fazendo esse estudo de viabilidade. Será um projeto incrível, é o Vermelhinho das Águas. E juntos a gente tá vendo aqui as condições perfeitas pra gente fazer a primeira estação modelo”, declarou Rodrigo que durante o lançamento da EXPO MARICÁ 2025 no dia 29 de julho na Diamond, desmentiu a secretaria de comunicação que havia informado que o PLAZA MARICÁ seria construído em Inoã, confirmando que a construção acontecerá ao lado do ATACADÃO, ou seja, NINGUÉM SE ENTENDE!!!.
Segundo Rodrigo, o levantamento — realizado ao longo do canal com apoio de especialistas do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) — será fundamental para embasar um parecer técnico conclusivo sobre a viabilidade do projeto. “Esse estudo é muito significante pro futuro desse projeto. Durante a semana, a gente vai fazer esse percurso junto com a equipe técnica do DNIT, pra poder dar esse parecer conclusivo e favorável pro nosso município de Maricá. Então, o transporte aquaviário é uma realidade do nosso governo, o governo Quaquá, que irá transformar esse canal navegável”, completou o diretor da Codemar, referindo-se ao comprometimento da atual administração em tirar o plano do papel. Ele só esqueceu de informar que TODAS as pontes que foram construídas durante o governo de Fabiano Horta (tanto de pedestres quanto de veículos), terão que ser DEMOLIDAS e novas terão que ser construídas para que qualquer barco possa passar por baixo.
Também presente na ação, o secretário de Pesca de Maricá, Alexandre Oliveira (Xandi de Bambuí), surpreendeu e destacou os benefícios ambientais, econômicos e turísticos esperados com a implantação do transporte aquaviário, falando com propriedade e conhecimento sobre o canal de Ponta negra e a lagoa de Guarapina: “O transporte aquaviário é muito importante aqui porque a gente tem a Associação de Pescadores de Ponta Negra (ASPPON), com diversas embarcações que todo dia trazem pescado do nosso oceano”, afirmou Xandi, lembrando que a iniciativa poderá apoiar a atividade pesqueira local.
Xandi ressaltou as condições ecológicas da lagoa que poderá ser utilizada no trajeto: “A Lagoa de Guaraquira é 90% composta de mangue branco preservado em todo o seu entorno, fazendo com que a gente tenha uma lagoa saudável e a gente possa usar essa lagoa para transporte aquaviário e também para o turismo da cidade.” Segundo o secretário, além de servir como alternativa de mobilidade, o projeto incrementaria o turismo ecológico em Maricá, permitindo passeios de barco por uma região ambientalmente rica e preservada. “Parabéns ao prefeito Quaquá, visionário desse trabalho junto à Codemar”, concluiu Xandi, atribuindo ao prefeito a visão de aproveitar o potencial hídrico do município de forma sustentável, onde esperamos que desta vez saia do papel e se torne realidade. Chega de UTOPIAS!!!
Possíveis rotas e estações previstas
Embora detalhes técnicos e rotas exatas ainda não tenham sido divulgados, os representantes envolvidos adiantaram que a linha aquaviária em estudo deverá interligar diversos bairros (putz!!!). De acordo com as informações do vídeo gravado durante o estudo, há a possibilidade de o percurso inicial ligar a orla de Bambuí à orla Zé Garoto, no Boqueirão, atravessando um dos trechos da Lagoa de Maricá. Futuramente, o trajeto poderá ser expandido para alcançar outras localidades, como Ponta Negra e Araçatiba, ampliando a abrangência do modal. A primeira estação modelo do sistema – que funcionará como ponto de embarque e desembarque – deverá ser instalada em local estratégico, aproveitando “as condições perfeitas” identificadas pela equipe técnica na lagoa. Porém, até o momento não foram confirmados prazos para a implantação efetiva do serviço, já que o projeto encontra-se na fase inicial de estudos de viabilidade, ou seja, por enquanto apenas mais um sonho que esperamos que não vire uma UTOPIA!!!
Visão do prefeito e projetos futuros de transporte aquaviário
O prefeito de Maricá, Washington Siqueira (o Quaquá), vem defendendo a implementação de um sistema de transporte aquaviário no município desde o início de seu novo mandato, em 2025. Em suas redes sociais, o prefeito já publicou sobre reuniões feitas para possibilitar a criação de uma linha de ferry-boat intermunicipal, conectando Maricá à capital fluminense, falta apenas combinar com NETUNO (o rei das águas e não o vereador) para acalmar o furioso mar da costa maricaense. A proposta em pauta prevê barcas ligando Itaipuaçu e Ponta Negra (distritos de Maricá) a pontos estratégicos do Rio, como a Praça XV e os aeroportos Santos Dumont e Galeão que não tem nenhuma estação de ferry e/ou barcas. De acordo com o projeto discutido, a ideia é iniciar as obras ainda em 2025 (faltam só quatro meses para terminar), oferecendo uma alternativa de transporte que contribua para reduzir o tráfego na rodovia Amaral Peixoto RJ-106 (o que seria muito bom).
Paralelamente, a Prefeitura de Maricá investe em infraestrutura para viabilizar a navegação entre o mar e as lagoas desde 2014, fato que ficou só na promessa. Em 2024, tiveram início as obras de um guia-corrente (estrutura de quebra-mar) no Canal da Costa, na Praia do Recanto (Itaipuaçu), para manter a ligação permanente entre o canal e o oceano, porém paralisado pelo MPRJ. Segundo a Secretaria de Cidade Sustentável, essa intervenção de engenharia – além de combater assoreamento e melhorar a drenagem – será essencial para futuros projetos de transporte aquaviário que conectarão o mar às lagoas de Maricá, ampliando as opções de mobilidade e beneficiando toda a região. A iniciativa abre caminho, por exemplo, para a circulação de catamarãs e outras embarcações maiores que eventualmente façam a ligação marítima de Maricá ao Rio de Janeiro. No entanto, a obra vem sofrendo sucessivas paralisações, o que pode fazer com que a intervenção se estenda ao longo dos anos, novela que já dura mais de 5 anos.
O prefeito Washington Siqueira (o Quaquá) tem destacado os ganhos que o transporte sobre as águas pode trazer aos moradores. “Os moradores de Maricá irão ganhar qualidade de vida, seja no trabalho, no descanso e lazer com a família. O tempo que perdem no trânsito irão investir em coisas úteis para a vida. Com menos carros circulando, isso também diminuiria a emissão de CO² na atmosfera, além de criar empregos locais para construir e operar o porto e as marinas”, afirmou o prefeito ao defender o projeto de conexão marítima com a capital.
Essa visão se alinha à política de mobilidade urbana inclusiva já conhecida na cidade – marcada pela tarifa zero nos ônibus municipais, e a possível implantação de VLT entre Inoã e Itaipuaçu (outra promessa não cumprida desde 2014), assim com o bondinho turístico (mais uma promessa não cumprida desde 2014) – e indica que Maricá pode se tornar (Maricá é a cidade do DEVERÁ, PODERÁ...) pioneira também no transporte aquaviário público e gratuito no Brasil, apesar de cidades próximas como Araruama já ter um modal aquaviário que foca no turismo, mesmo que operado pela iniciativa privada. É, em Araruama não teve UTOPIA, houve sim um sonho que foi realizado com esforço e união de políticas público-privadas.