Uma grande investigação conduzida por agentes da 82ª DP resultou, na manhã da quinta-feira (13/3), na prisão do líder de uma quadrilha de milicianos especializada em invadir e se apropriar ilicitamente de terrenos em Maricá. A operação foi coordenada pelo delegado Cláudio Vieira, titular da delegacia de Maricá. Além do líder miliciano, outros cinco integrantes do grupo também foram presos.
Operação em nível estadual
Além das prisões em Maricá, a Operação Espoliador ocorre simultaneamente em todo o estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de cumprir mandados contra foragidos por crimes como roubo, latrocínio e receptação. Até o momento, 57 criminosos foram capturados em diversas cidades.
A operação mobiliza mais de 700 policiais civis, integrando delegacias dos Departamentos Gerais da Capital, Baixada, Interior, Especializadas e de Homicídios.
Facções criminosas no alvo
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações apontam que grande parte dos roubos cometidos na região é orquestrada por facções ligadas ao tráfico de drogas, que também exploram outros crimes, como roubo de cargas, veículos e extorsões.
As organizações criminosas utilizam os recursos obtidos para financiar armas, drogas e manter o controle territorial, além de fomentar uma "caixinha" para custear as atividades ilícitas.
Crimes e investigação
A Operação Espoliador, que resultou na prisão de seis criminosos em Maricá, sendo quatro presos por mandados de prisão e dois em flagrante delito, foi comandada pela 82ª DP e teve como principal alvo uma quadrilha especializada em invasões de terrenos, extorsões, ameaças de morte e agressões a moradores.
Segundo o Delegado Cláudio Vieira, a prisão do líder do bando, realizada no bairro Itaocaia Valley, foi o ponto alto da operação. No local, os agentes apreenderam réplicas de pistolas, documentos falsificados e equipamentos usados para coagir as vítimas. O líder da quadrilha foi detido em sua residência, após um minucioso monitoramento da Polícia Civil. Durante a abordagem, foram apreendidas máquinas de cartões, documentos falsificados e outros acessórios utilizados nos golpes.
Os outros cinco integrantes da quadrilha também foram presos em diferentes regiões de Itaipuaçu e, assim como o líder, foram encaminhados para a 82ª DP, onde responderão pelos crimes cometidos. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na organização criminosa.
Como operavam
Segundo as investigações, o grupo criminoso invadia terrenos e forçava os verdadeiros proprietários a abandonarem suas propriedades, alegando falsamente que eram os donos legítimos. Para isso, utilizavam ameaças, coação e até mesmo violência. Posteriormente, os terrenos eram vendidos ilegalmente a terceiros.