Humorista, compositor e cantor sertanejo e de forró (rei das músicas de duplo sentido) amado pelo Brasil, morre após parada cardíaca e deixa fãs e amigos desolados
Famoso no Brasil todo por seus grandes sucessos, cantor sertanejo morreu após sofrer uma parada cardíaca.
O grande cantor sertanejo, mais conhecido por todos pelas suas canções humorísticas de duplo sentido, morreu na tarde do sábado, 07, após uma parada cardíaca no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói.
Manhoso que havia completado 87 anos no dia 30 de dezembro, passou recentemente por uma cirurgia depois de ter um AVC e estava internado no Hospital Conde Modesto Leal, em Maricá. Infelizmente ele acabou enfrentando algumas complicações, e precisou ser transferido para o hospital Azevedo Lima onde infelizmente não resistiu.
A morte de Manhoso foi confirmada por um dos filhos da vítima, Fernando, que informou que o sepultamento do artista acontecerá no domingo, 08, às 13h30 provavelmente no cemitério municipal de Maricá.
Edson Correia da Fonseca, O Manhoso, era um grande artista, que nasceu em Tombos de Carangola, no estado de Minas Gerais. Na década de 60 veio para o Rio de Janeiro e se instalou em Queimados na Baixada Fluminense. Conseguiu um emprego na TV Tupi como porteiro e depois como mimeografista. Pelo seu jeito engraçado, simplório e bastante inteligente em suas tiradas, chamou atenção da cúpula da emissora e de Flávio Cavalcanti (que na época era líder de audiência nas noites do domingo pela Tupi, um dos primeiros programas exibidos em rede nacional) que acabou sendo seu padrinho e lhe deu o título de REI DO DUPLO SENTIDO. Lá ele acabou se apresentando como cantor de sátiras sertanejas no programa de Flávio Cavalcanti na extinta TV Tupi.
Manhoso que também era compositor, fez uma carreira de muito sucesso. Ao todo, gravou 22 álbuns de músicas de forró e sertanejo. A maioria delas com um duplo sentido que fazia o público gargalhar.
Passou por outras emissoras e há mais de dez anos tinha participação fixa em um programa na Rádio Tupi. Foi também um dos ícones do humor na Turma da Maré Mansa e da Companhia do Riso também da Super Rádio Tupi.
Chegou em Maricá no final da década de 70, onde abriu a sua casa de Forró no bairro do Caxito, sendo a mais longeva casa de eventos de Maricá, até administrada por ele e pelo seu filho Fernando.
Em 2003, recebeu uma edição do Festival Nacional de Voz e Violão da PR PRODUÇÕES onde fez um dos mais inesquecíveis shows de sua carreira.
Em 2009, Manhoso fez no dia 14 de novembro, o show de pré-inauguração do Teatro do Rotary Club de Maricá. No dia 21 no mesmo local aconteceu outra edição do Festival Nacional de Voz e Violão onde Manhoso foi um dos jurados e no dia 28, na inauguração do Teatro, com o show de Chico Anysio, o encontro dos dois gênios ao lado do então presidente do Rotary (Jorge Factorine), em foto do jornaista Pery Salgado.
No dia 31/12 o jornalista Pery Salgado fez uma homenagem a Manhoso no grupo MARICÁ ANTIGA. "Ele deixará saudades", afirmou o jornalista.
Ele deixa, esposa, os filhos Fernando e Edinho e a neta Luana que compõem o grupo Forró Brasil.
