Mais um fato lamentável de agressão contra a transexual Thiffany Monteiro Bastos técnica de enfermagem e moradora do bairro do Espraiado em Maricá.
Na noite do sábado 07 de maio, Thiffany estava no centro de Niterói na rua Cel. Gomes Machado (local de prostituição de travestis) com um amigo no conhecido bar do Japonês conversando e curtindo a noite até então sem maiores problemas, quando por volta das 22 horas foi surpreendida por duas travestis totalmente alteradas pedindo para que ela se retirasse do local porquê queriam cobrar valores por prostituição, embora em momento algum Thiffany estaria ali por este motivo.
Para a reportagem do Barão de Inohan, Thiffany falou que há muitos anos chegou a se prostituir para sobreviver e ali era dos locais onde fazia ponto, mas dando novo rumo em sua vida e se reerguendo, Thiffany conseguiu sair da rua, passou a ter nova vida e estudo para se formar como técnica de enfermagem, hoje muito conceituada e respeitada em sua profissão.
Como é de amplo conhecimento, o entorno da a rua São João e Cel. Gomes Machado, é um grande ponto de prostituição de travestis e que muitas são aliciadas e cobradas por cafetões e cafetinas fato este que se configura crime.
Sendo questionada pelas duas travestis que foram até o bar onde estava Thiffany, esta tentou se explicar e se defender mas começou a ser insultada e agredida por uma das travestis enquanto a outra filmava a sessão de espancamento, que durou quase dez minutos, pois Thiffany expulsa do local, foi sendo espancada até o terminal rodoviário de Niterói (ao lado das Barcas), quando viu uma viatura da polícia e foi em busca de socorro, enquanto as duas travestis fugiam.
"Vivemos em uma sociedade totalmente preconceituosa e mais lamentável ainda uma agressão dessas ter vindo de outra trans que deveria estar lutando pelos mesmos direitos, o que não é o caso e estamos vendo tal atitude preconceituosa pelos vídeos da agressão que estão circulando nas redes sociais o que também se caracteriza por crime cibernéticos publicados e compartilhado sem a autorização devida", disse Thiffany ainda machucada tanto no corpo, como na alma.
Conduzida pelos policiais que prestaram auxílio, Thiffany foi muito bem atendida na DEAM - Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em Niterói onde posteriormente os militares a acompanharam ao local das agressões para encontrar a suposta agressora que não somente a agrediu, mas também roubou todos os seus pertencentes (bolsa, celular, documentos e dinheiro que se encontrava na bolsa).
Até então Thiffany sequer sabia da pessoa que se teria praticado o crime contra ela, sabendo apenas que teria o nome de Natacha ou Bruna , mas agora com o surgimento do vídeo podendo elucidar o caso e punir a agressora criminalmente, Thiffany vem buscando apoio de ativistas e comunidade LGBTQIA+ para elucidar o caso para que não ocorra com outras, esses fatos lamentáveis pelos quais passou Thiffany.
Thiffany passou por exame de corpo de delito no IML do Barreto em Niterói e aguarda a conclusão do fato. Os vídeos e fotos constantes nesta matéria foram enviados pela vítima com sua total autorização para que fizéssemos e publicássemos a matéria.