Um relato impressionante e doloroso, que infelizmente mostra mais descaso de profissionais com a vida de um morador de Maricá, desta vez na UPA de Inoã, fato acontecido na quinta feira 10 de outubro.
"Mais uma vida que se foi pela demora em receber o atendimento necessário para salvar sua vida. Infelizmente aos 51 anos de idade o meu sogro se foi, após chegar à UPA de Inoã, por volta das 16:50 h, sendo encaminhado pela médica do posto de saúde, onde recebeu o primeiro atendimento, verificando os sinais vitais e realizando todo processo cabível a unidade, e logo em seguida prescreveu uma carta direcionando-o a emergência, pois seu caso era de urgência: Glicose 531mg/dl, queixa de cefaleia fortíssima, desorientado, visão embasada, dores no peito, sintomas esses que já vinha sentido há uns 15 dias, e entre idas e vindas a emergência, um alívio aqui, outro ali, mas sempre a msm história. 'O senhor precisa acompanhar na unidade de saúde da família, para marcar o cardiologista'. Após árduas horas de espera, entre sala de medicação e sala de espera aguardando resultado de exames, minha sogra presenciou cenas horríveis do seu companheiro, o mesmo ficou trancado sozinho no banheiro, após a tirarem da sala de medicação, convulsões leves de 30/30 minutos, até que às 20:40, ainda na sala de espera, veio a convulsão mais forte e só assim teve o socorro necessário prestado, e ao ser carregado por alguns homens para sala vermelha, ainda o deixaram cair no chão. Gritos (de ambos os lados) falta de empatia, arrogância, ignorância (de onde deveria vir o conforto, a solidariedade).
DETALHE: Ele estava com a pulseira amarela.
Enfim, mais uma vida se foi, sem entrar para estatística o real motivo."
O lamentável fato é apenas mais um na nossa combalida saúde, que sofre mais de maus-tratos do que de outros tipos de doença.
A secretaria de saúde não se manifestou até o fechamento desta matéria sobre o assunto.