Com o início do quarto ciclo do plano de reabertura gradual do comércio e atividades não essenciais de Manaus na segunda-feira, 6/7, as creches, escolas e universidades da rede privada estão autorizadas a funcionar novamente. Entretanto, nem todas as instituições de ensino optaram pela volta das atividades presenciais .
A reportagem esteve em algumas escolas particulares da capital nesta manhã e constatou que parte delas optaram pela volta às aulas presenciais somente na próxima semana, pois ainda estão em fase de planejamento.
O Instituto Batista do Amazonas, no bairro Adrianópolis, e a Bebê Bombom, no bairro São Francisco, ambos na zona centro-sul de Manaus, por exemplo, ainda estão passando por uma fase de transição para o retorno das atividades.
O colégio Anchieta, no bairro Cachoeirinha, zona sul, retornou na manhã desta segunda com medição de temperatura dos alunos, ocupação de 50% das salas e rodízio de estudantes. Somente o Fundamental 1 e 2 foram retomados. O colégio ainda organiza a reabertura das séries seguintes e também do ensino infantil. A escola informou que todos os estudantes que estavam previstos para a volta no rodízio compareceram às aulas.
As escolas da rede pública estadual e municipal permanecem sem data definida para o retorno. Entretanto, há propostas apresentadas pela Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) para viabilizar o retorno, como a volta das atividades de forma híbrida (presencial e não presencial) e levantamento entre os professores e alunos para verificar as pessoas que estão em grupos de risco ou infectadas pelo coronavírus.
A Semed (Secretaria Municipal de Educação) iniciou na última semana os testes de Covid-19 em 11 mil professores e demais servidores como parte do protocolo de retorno às aulas da rede municipal.
Marcus Vinicius Guerra, doutor em infectologia e diretor-presidente da FMT (Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado) alertou para a necessidade de testagem em massa e medidas de prevenção na volta às aulas como forma de reduzir riscos. Segundo o infectologista, a faixa etária dos estudantes foi a menos atingida até o momento, mas não livra as crianças e adolescentes do risco de contágio.