O executivo estadual foi notificado sobre o prazo na noite de quarta-feira. Pagamento deixou de ser feito na última semana e não foi realizado pelo executivo estadual
BILHETE ÚNICO SERÁ PARALISADO TEMPORARIAMENTE
O governo do Estado tinha até o fim desta quinta-feira (1º) para depositar o dinheiro referente ao Bilhete Único na conta das empresas de transporte. O governo foi notificado na noite de quarta-feira (30).
O executivo estadual deixou de fazer o pagamento na semana passada. O governo deve R$ 6 milhões para concessionárias que fazem a administração de trens, barcas, ônibus e vans. A secretaria de Transportes fez uma reunião na tarde da última sexta-feira (25) para discutir os ajustes das finanças do Bilhete Único.
Ainda de acordo com informações, a Secretaria de Fazenda não tem dinheiro para pagar a dívida por conta do bloqueio das contas do estado. Existe, também, uma orientação para dar prioridade ao pagamento dos funcionários.
Pacote de austeridade
Entre as medidas estão no pacote de austeridade que o Governo do Estado do RJ tenta aprovar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) está o aumento da tarifa do Bilhete Único de R$ 6,50 para R$ 7,50 em 2017. Subsídio para cada usuário seria limitado a até R$ 150.
O secretário de Transportes, Rodrigo Vieira, afirmou que isso será mais sentido pelos empregadores que pelos usuários. Diz também que haverá economia de 40% dos aportes do governo, sem causar impacto no usuário e em seu direito ao transporte. A economia será de R$ 256 milhões ao ano. Essas mudanças podem ser feitas por decreto, cuja edição, no entanto, depende de autorização dos deputados estaduais
Atualmente, 5 milhões e 300 mil pessoas estão cadastradas no Bilhete Único Intermunicipal. O sistema permite que passageiros de 20 cidades peguem até dois meios de transportes num intervalo de 3 horas a R$ 6,50. Sem ele, alguém que saísse de Niterói num ônibus intermunicipal e pegasse um outro coletivo no Rio gastaria R$ 11,20. Para quem trabalha de segunda a sexta, o gasto com bilhete único é de R$ 260. Sem, de R$ 448.
A diferença é paga pelo Governo do Estado. A Secretaria de Fazenda afirma que, no ano passado, foram gastos R$ 602 milhões com o benefício. Por causa da crise, Dornelles quer economizar esse valor. A Fecomércio se posicionou contra a ideia.
BENEFÍCIO SUSPENSO. TRABALHADOR TERÁ QUE PAGAR INTEGRALMENTE A PASSAGEM MESMO USANDO O CARTÃO DO BILHETE ÚNICO
A partir de segunda-feira, os 5,3 milhões de usuários do Bilhete Único (BU) do estado não terão mais os descontos tarifários concedidos nas viagens intermunicipais. Com uma dívida de R$ 10 milhões com as concessionárias de transporte por falta de repasses dos subsídios do programa, o governo estadual não cumpriu a última promessa de quitar o débito até esta sexta-feira. Diante disso, a CCR Barcas, a Fetranspor (que representa as empresas de ônibus), o MetrôRio e a SuperVia anunciaram a suspensão do benefício.