A ex-presidente Dilma Rousseff não compareceu ao jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em um restaurante em São Paulo
O vice-presidente nacional do PT, Washington Siqueira (o Quaquá), soltando mais uma de suas pérolas, informou na quarta-feira (29/12) que a ex-presidente Dilma Rousseff não tem mais relevância eleitoral para o partido. Dilma não compareceu ao jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em São Paulo, no último dia 19. O Grupo Prerrogativas, formado por advogados que organizaram o evento, afirma ter convidado a ex-presidente, mas ela alega que não foi chamada.
“A Dilma é ex-presidente e tem o papel dela. Mas, do ponto de vista eleitoral, não”, disse Quaquá, ao ser questionado sobre a ausência da ex-presidente no jantar. “Existe um pedaço pequeno do PT que ainda fica nesse negócio de golpe. Política não se faz com ressentimento, se faz pensando em estratégias para transformar a vida do povo”, afirmou.
O vice-presidente do PT disse que “talvez a Dilma não foi ao jantar por causa disso”. Quaquá pontuou que a “direita resolveu rasgar a democracia” no impeachment da ex-presidente, mas afirmou que “o governo Dilma se atrapalhou na negociação com o Congresso e abriu a brecha para que se formasse maioria contra ela”.
Segundo ele, o PT precisará “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima” na próxima eleição. “Se você se apegar ao passado, não vai nem querer o voto de quem votou no Bolsonaro. Temos que desconsiderar o passado para pensar no futuro”, disse.
Quadros históricos do PT, como o ex-deputado José Genoíno e o ex-presidente do partido Rui Falcão, têm mostrado contrariedade com a formação de uma aliança entre Lula e Alckmin.
Em outros tempos, uma parceria entre os dois seria impensável. Em 2006, Lula chamou o ex-governador de “picolé de chuchu”, enquanto Alckmin acusou o petista de ser “chefe de quadrilha”.