Um fato extremamente lamentável aconteceu no terceiro final de semana de janeiro no distrito paradisíaco de SANA em Macaé.
O fato por si só absurdo, expõe a fragilidade da mulher por mais forte que ela pode ser. O assunto, não teve grande repercussão em Maricá, mas em Sana, o fato causou burburinho e está sendo investigado pela polícia. Em redes sociais o fato tem sido debatido e questionado por ambas as partes desde o acontecimento lamentável do fato.
Uma das postagens diz: "Lamentável o ocorrido em Sana com Iracema Miranda (foto abaixo), uma mulher honesta, professora, ímpar e digna com o estupro ocorrido semana passada num bar que aliás foi o dono do bar que fez essa covardia com Iracema Miranda. A certeza é que a verdade vai prevalecer visto que conheço essa mulher honesta que sempre foi a verdade em pessoa e jamais mentiria em rede social. Tenho certeza que a justiça de Deus e dos homens vai acontecer. Mexeu com uma mulher, mexeu com todas. Essa covardia tem que parar."
Outra postagem repudiava o ato e dizia: "É vergonhoso ver que nosso direito é cerceado inclusive de divulgar o horror da violência contra a mulher. Coloquei aqui uma postagem ontem sobre o horror que minha amiga sofreu e foi simplesmente apagada a postagem. Não tinha cunho político, apenas de defender a mulher e ser contra QQ forma de violação.
Quero poder sair e visitar lugares com segurança e abusos como esse precisam ser denunciados. Na minha passagem vi vários comentários antes de apagarem, no entanto defendo minha amiga, mulher como eu, que estava passando suas férias em um lugar como eu faço. Por não haver uma prova contundente a acusaram de mentir. Não tem pq mentir em caso de estupro.
Isso não envaidece mulher alguma, ela não precisa de dinheiro, ela não precisa de fama, ela como todas nós precisamos sim é de respeito. Isso é dignidade. Apagar um protesto contra abusadores é tirar novamente a dignidade da pessoa, da mulher. Se isso não for a publico não saberemos os demais casos que houveram e que, por uma hipocrisia social, a vítima sempre se cala. Iracema Miranda teve coragem, foi forte e exemplo para nós mulheres. Denunciar e por a publico essa vergonha é a única arma que temos para garantir a segurança de outras tantas mulheres."
VEREADORA ANDRÉA CUNHA SE MANIFESTA
A vereadora André Cunha (PT), também se manifestou em redes sociais e na postagem do grupo SANA, se colocando à disposição de Iracema:
"Enquanto vereadora dedicada às causas da mulher, venho me solidarizar com a servidora Iracema Miranda, que trabalha na secretaria de Assistência Social de Maricá e alega ter sido vítima de estupro em um bar em Sana na madrugada de sexta-feira (21/01), onde se encontrava sozinha. Ou seja, numa circunstância de fragilidade, desacompanhada, o estabelecimento vazio, alvo fácil para ser vítima de um crime que consiste forçar alguém, sob violência ou ameaça, a praticar atos de cunho sexual contra a própria vontade. É grave, mais ainda por Iracema ter bebido e estar sob efeito de álcool, com pouca capacidade de reação. É grave e não pode ficar impune. Estou na luta a favor das mulheres e o que puder fazer para minimizar esse tipo de violência misógina, farei.
A advogada Luciene Mourão já entrou no caso para auxiliá-la juridicamente e eu me coloco à inteira disposição no que for preciso para ajudar neste momento difícil e delicado pelo qual está passando, sem deixar de mostrar sua força e coragem de vir a público para falar sobre o ocorrido. Estamos juntas, Iracema. Pode contar com o meu apoio."
"Acabei de me deparar com a notícia de que uma Mulher Maricaense - nossa companheira Iracema Miranda, Professora, militante da Comunidade LGBTQIA+, sofreu um estupro no Sana, Distrito de Macaé.
É absolutamente inaceitável fatos como esses. Não podemos nos calar, nunca.
A atitude de Iracema expressa sua incrível força: pois violências como essa nos paralisam e nos colocam na sensação de impotência e de culpa (que não nos pertence). É preciso denunciar sim! Por mais que o agressor tenha influência.
A Casa da Mulher está à disposição para acolher você - Iracema - e toda mulher que sofre algum tipo de violência ou violação de direito. Nossa Equipe está capacitada para acolher, orientar, acompanhar e encaminhar para Órgãos da Rede de Proteção à Mulher.
Você não está sozinha!
Sinta o nosso abraço.- Luciana Pireda"
Já, moradores de SANA contestam as "afirmações":
"Helena Barbosa - Eu quero saber o que o Sana tem a ver com essa situação, esse foi um caso isolado, não vamos generalizar, muitas pessoas moram no Sana, milhões de pessoas frequentemente visita o Sana, eu sou uma dessas pessoas, que saia logo o outro exame para sabermos a verdade, se ele realmente praticou, que pague, e se ela inventou isso para prejudicar o rapaz e a cidade, que pague tbm, falso testemunho tbm é crime."
Bárbara Boghi - "Violentada? Sem marcas? Estuprada de todas as maneiras possíveis? Ele é patente alta pra conhecer polícias, iml e etc em!
Bêbada e ainda colocaram coisa na bebida dela?
O cara tem família, filho, sogra, frequentamos o bar dele sempre, ele vive na minha casa, odeio abusador. Se fosse verdade e comigo , o autor estaria morto.
Não venham falar que acabaram com o Sana, sendo que o que tá acabado é a humanidade. Se tem mais vítimas, que a verdade venha a tona."
E a polêmica continuará até a apuração final do caso, mas o que é INADMISSÍVEL é qualquer tipo de violência à mulher, mesmo em pensamento. NÃO É NÃO!!!!