A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou no final da tarde da sexta-feira (4/6) a importação e o uso das vacinas Convaxin e Sputnik V no Brasil. Niterói e Maricá já fizeram seus pedidos para receber 800 mil e 500 mil doses respectivamente.
“Destaco que fica autorizada a importação excepcional e temporária do seguinte quantitativo, correspondente a doses para imunização de 1% da população nacional, dentro do cronograma enviado pelo Ministério da Saúde: 4 milhões de doses”, disse Alex Machado Campos, diretor da agência.
NITERÓI ENVIOU PEDIDO SOLICITANDO DOSES DESDE MARÇO
O prefeito de Niterói, Axel Grael, assinou no dia 31 de março o contrato para a importar 800 mil doses da vacina russa Sputnik V. Com a assinatura, Niterói passa a fazer parte do Consórcio formado por estados do Nordeste e outras duas cidades: Araraquara (SP) e Maricá.
“Temos tomado todas as providências de prevenção e combate à pandemia, mas a nossa maior arma é mesmo a vacina. Por isso, estamos buscando no mundo onde podemos comprar uma vacina que esteja disponível, seja segura e eficaz”, disse o prefeito Axel Grael. “A assinatura desse contrato nos dará um calendário de remessa de lotes e a esperança de acelerarmos a imunização da nossa população”, acrescentou
MARICÁ ASSINOU CONTRATO PARA IMPORTAR 500 MIL DOSES
A cidade de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, pediu autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar 500 mil doses da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19 desde o dia 19 de março. O primeiro lote teria cerca de 30 mil doses.
O prefeito Fabiano Horta (PT) já declarou que, após imunizar a cidade de cerca de 180 mil habitantes, poderá disponibilizar doses extras aos municípios do entorno, como Niterói e São Gonçalo.
SPUTNIK V
Há mais de um mês quando o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, negou a importação, ele afirmou que a agência “nunca teve apego às questões burocráticas” e que, “sem a inspeção que avalia as boas práticas de fabricação dos insumos vacinais, não é possível atestar as reais condições de fabricação do produto”.
No dia 26 de abril, o primeiro pedido de importação foi negado pelos diretores. Pouco depois, os governadores do Consórcio Nordeste encaminharam à Anvisa um novo pedido de avaliação sobre a vacina russa, anexando o relatório da Federação Russa ao Ministério da Saúde para sanar dúvidas sobre o imunizante.
COVAXIN
A vacina indiana Convaxin enfrenta menos restrições para aprovação. Em um primeiro momento a Anvisa não aprovou a qualidade do laboratório produtor, o Bharat Biotech, após uma inspeção.
“Os diretores dispostos a votar a favor avaliam que os pedidos de autorização para importação e distribuição podem ser aceitos, em caráter excepcional e temporário, desde que sejam explicitadas algumas condições, que ainda estão em discussão”, escreveu o jornalista.
Pelo menos 20 milhões de doses da vacina indiana são previstas em um acordo de aquisição com o governo federal.
LIBERADOS PELA ANVISA
Até o momento, a Anvisa já concedeu registro definitivo às vacinas comercializadas pela Pfizer e pela Fiocruz. Já os imunizantes Coronavac, Janssen e Covishield receberam apenas a autorização para o uso emergencial.
Justiça Federal aceita pedido de Maricá e Niterói e libera importação da Sputnik V
As Prefeituras dos Municípios de Maricá e Niterói, através das suas Procuradorias, conseguiram obter importante vitória no enfrentamento da pandemia da Covid-19.
A 4ª Vara Federal de Niterói acolheu o pedido apresentado para autorizar a importação da Vacina Sputnik V, deferindo parcialmente a tutela antecipada antecedente então apresentada.
Com isso, a ANVISA deverá emitir a autorização de importação em 72 h, sob pena de multa, viabilizando o início dos trâmites burocráticos necessários ao ingresso do imunizante no Brasil.
Notícia em atualização