Rodrigo Neves é lançado candidato a governador do Rio de Janeiro no túmulo de Brizola.
Em visita a São Borja (RS), Rodrigo Neves conhece túmulos de Vargas, Jango e Brizola.
Em visita a São Borja (RS), Rodrigo Neves conhece túmulos de Vargas, Jango e Brizola.
Há exatamente 17 anos falecia Leonel de Moura Brizola. Fundador do Partido Democrático Trabalhista, o herdeiro político de Getúlio Vargas é considerado até hoje como um dos últimos representantes do trabalhismos varguista. E para celebrar a data, o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, visitou na segunda (21/6) a cidade gaúcha de São Borja, localizada a 621 quilômetro de Porto Alegre. O local foi onde Vargas e Brizola nasceram. Também é lá que se encontram enterrados os corpos de ambos os políticos.
Rodrigo desembarcou de Portugal, onde concluiu um semestre no programa de pesquisa do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e seguiu direto para o sul do país. Ao lado dele estava o atual presidente nacional do PDT e ex-ministro do trabalho, Carlos Lupi, o ex-deputado Brizola Neto e Juliana Brizola, ambos irmãos gêmeos e netos do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
Cercado por dirigentes partidários, parlamentares, parentes e amigos do fundador do PDT, Rodrigo foi saudado por Brizola Neto, que apontou as coincidências nas trajetórias do ex-prefeito niteroiense e de seu avô.
“Quer o destino, Rodrigo, que tu estejas repetindo a mesma trajetória que fez o Brizola, que saiu de Portugal quando deixou o exílio, chegou por São Borja e daqui foi parar no Palácio Guanabara. Quer o destino que tu estejas repetindo essa trajetória para ser o homem que vai resgatar no Rio de Janeiro o legado deixado pelo Brizola, recolocando o estado no rumo do desenvolvimento e da justiça social, trazendo de novo esperança para o nosso povo, especialmente para as nossas crianças”, afirmou Brizola Neto, que atualmente ocupa o cargo de coordenador de Trabalho e Renda na prefeitura de Niterói.
Além de Vargas e Brizola, São Borja é a cidade onde nasceu João Goulart, o Jango, que foi ministro do trabalho no período da redemocratização da Era Vargas, entre 1951-51, e presidente do Brasil entre 1961-64, assumindo após a renúncia de Jânio Quadros e ficando até o golpe de 64. O neto dele, Christopher Goulart, também esteve na cerimônia.
Lançado na política pelo PT e depois de uma breve passagem pelo PV, ele se filiou ao PDT durante o seu segundo governo em Niterói. No entanto, fez questão de lembrar o passado brizolista da sua mãe, professora que lecionou em escolas estaduais durante os governos Brizola no Rio de Janeiro, e enfatizou a condição de Niterói como uma “cidadela do Trabalhismo”.
“Desde a redemocratização, há trinta anos Niterói tem governos trabalhistas. Talvez não tenha uma cidade com uma continuidade de governos trabalhistas tão expressiva como Niterói. Não é à toa que Niterói tem o maior índice de desenvolvimento humano do Rio de Janeiro. Não é à toa que Niterói é a única cidade da Região Metropolitana do Rio que não tem milícias dominando territórios, porque lá nós temos educação, saúde, proteção social nas áreas mais vulneráveis e não é à toa que Brizola tinha um carinho especial por Niterói. Se os Cieps não tivessem sido abandonados, nós não estaríamos perdendo no Rio de Janeiro tantos jovens, tantas crianças para a violência”, disse o ex-prefeito.
O ato também marcou o lançamento da candidatura de Rodrigo Neves a governador do estado em 2022, o que provavelmente frustrou o prefeito de Maricá Fabiano Horta (será???), que também deverá vir candidato ao governo do estado do Rio, pelo menos era essa a pretensão do ex-prefeito e atual vice-presidente (um os 4) nacional do PT, Washington Siqueira - o Quaquá, que com o possível ida de Fabiano para o Palácio Laranjeiras, deixaria livre a cadeira da prefeitura para seu filho, o vice-prefeito Diego Zeidan de apenas 22 anos.