Criada originalmente após uma demanda de um produtor local de tomate, o principal objetivo da fábrica de desidratados é prolongar o tempo de validade dos alimentos, para que os produtores possam ter seu produto disponível para comercialização por mais tempo. O nome da fábrica é uma homenagem ao ex-prefeito do município Édio Muniz, falecido em novembro de 2013.
“A fábrica é um ganho para a cidade. A gente está vivendo um tempo de valorização, da terra, da agricultura como um valor humano, e é importante que a gente, com instrumentos como este, fomente nas pessoas o desejo de produzir, de plantar, e de ver a vida nascer da terra”, comentou o prefeito Fabiano Horta.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julio Carolino, a fábrica tem o principal objetivo de valorizar o trabalho do produtor familiar.
“O produtor sofre muito, quando planta ele sabe quanto está o preço do seu produto, quando vai colher não. Isso é muito ruim porque dá uma instabilidade ao seu trabalho porque às vezes ele tem que vender rápido por conta do prazo de validade e acaba tendo prejuízos. A fábrica chega, principalmente para dar segurança a esse produtor, se ele não vender o seu produto na hora da colheita, ele traz para cá, realiza o processo e consegue vender em até seis meses, ganhando tempo”, disse o secretário.
O presidente da unidade, Luis Felipe Diniz, explicou como vai funcionar a dinâmica inicial da fábrica.
“A principal função da desidratação é fazer com que o produto permaneça na mesma qualidade por mais tempo. E como vai funcionar aqui? O produtor individual ou de associação pode trazer seu produto, vender ou doar, a fábrica vai realizar o procedimento e após, vai realizar a distribuição desses produtos, que inicialmente irão abastecer as escolas da rede pública do município”, explicou. Nesse primeiro momento a comercialização não está aberta ao público.
Ainda de acordo com o presidente, há a expectativa de expandir o rol de alimentos para serem processados; hoje o local processa dois tipos de alimentos: a banana nanica e o aipim.
“Lá na frente, tudo correndo bem, nós vamos realizar o processamento de tomate, abóbora e todo produto de safra que venha para cá. A gente pretende colocar esse produto, já desidratado, para comércio em mercados e feiras no município e fora dele”, explicou.