quinta-feira, 20 de março de 2014

GASODUTO MARICÁ-COMPERJ TEVE PROJETO ALTERADO

Em outubro de 2013 a Petrobras cancelou o processo de licitação do chamado Rota 3, gasoduto que vai escoar o gás produzido nos campos do pré-sal - cujo projeto inclui o gás a ser produzido em Libra, com potencial de 120 bilhões de metros cúbicos. Prevista inicialmente para ocorrer em outubro ou novembro de 2013, a licitação deve ficar para o segundo semestre de 2014, na nova projeção da estatal. Do outro lado, os fornecedores vão além. Para eles, o processo licitatório só ocorrerá em 2015.
O Rota 3 é o maior gasoduto planejado pela Petrobras para o pré-sal de Santos. O projeto da estatal contempla ao todo três gasodutos. Segundo estimativas do mercado, o Rota 3 iria consumir 150 mil toneladas de tubos de aço, em uma extensão de cerca de 300 quilômetros, e tem um investimento aproximado de US$ 500 milhões, números que a estatal não comenta. A previsão da Petrobras indica que o Rota 3 inicie suas operações em meados de 2017, permitindo o escoamento de até 18 milhões de metros cúbicos diários de gás para Maricá, no Rio de Janeiro. Em 28/10/2013, o diretor de Exploração & Produção da estatal, José Formigli, confirmou que o gasoduto deve entrar em operação em 2016, mas membros da Petrobrás nos fóruns realizados em Maricá nos dias 18 e 19 de março nos bairros do Bananal e Ubatiba respectivamente, deixaram claro que a operação está prevista para julho de 2017.
Segundo José Adolfo Siqueira, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam), o fato de a Petrobras ter cancelado a licitação do Rota 3 desestimula a indústria, que ficou sem uma previsibilidade para continuar investindo.
- Tem empresa que está com a fábrica parada. Investiram de olho nesse projeto. Não se pode ter uma interrupção dessas - disse Siqueira, lembrando que o setor petróleo responde por entre 15% e 20% da produção de tubos de aço no Brasil, que soma entre 2,5 milhões e 2,8 milhões de toneladas de tubos por ano.
‘Preços excessivos’
Daniele Lomba - Gerente de Licenciamento da Petrobrás
deu início do Fórum em Ubatiba
Segundo a Petrobras, a licitação “foi cancelada devido aos preços considerados excessivos”. Agora, disse a companhia, em nota, será feita uma simplificação no escopo do projeto com o objetivo de reduzir os preços. Em abril de 2013, os executivos da Petrobras disseram que seriam construídas instalações na praia de Jaconé, em Maricá, que receberiam esse gás do pré-sal. Depois, o gás seria entregue ao Comperj, o polo petroquímico em Itaboraí, cuja entrada em operação foi adiada de 2015 para 2016.
- A Petrobras diz que os preços apresentados foram altos. Mas isso tudo reflete o valor do mercado. É o maior gasoduto que vai escoar o gás do pré-sal. É muito importante. Se a Petrobras quer um valor menor, tem que rever o projeto. Por isso, acho muito difícil sair algo em 2014 - disse o presidente de uma empresa do setor.
Atualmente já está em operação o primeiro gasoduto, denominado Rota 1, que liga o campo de Lula e a plataforma de Mexilhão, permitindo o escoamento de até dez milhões de metros cúbicos diários de gás para Caraguatatuba, em São Paulo. O segundo gasoduto, Rota 2, em implantação, vai iniciar a operação em meados de 2014, quando possibilitará o escoamento de até 16 milhões de metros cúbicos diários de gás para Cabiúnas, no Rio de Janeiro.



ALTERAÇÃO DO PROJETO DESAGRADA MORADORES E EMPREENDEDORES DE UBATIBA, SILVADO E LAGARTO
Vitor Buives, Gerente de Projeto da Petrobrás
explicou detalhes do projeto do gasoduto
Representados pelo Sr. Antonio Luiz, morador e empreendedor da região com diversos condomínios de alto padrão (dentre eles o Pedra Verde), este mostrou os grandes problemas da alteração do projeto. Segundo o Sr. Paulo Caetano (também morador e empreendedor do local), um funcionário da ESTEIO (empresa contratada pela Petrobrás para realizar o cadastramento dos moradores na área atingida pelo gasoduto) informou que a alteração de traçado na região foi uma solicitação do prefeito de Maricá, atendendo a alguns interesses. Que interesses seriam estes?
Eng. Antonio Luiz é morador e empreendedor
na região
O jornalista Pery Salgado, do jornal Barão de Inohan (único veiculo de informação de Maricá presente ao evento que não contou com NENHUM REPRESENTANTE DA PREFEITURA, num flagrante descaso com o projeto, com a Petrobrás e com a população) perguntou ao Eng. Vitor Buives (Gerente de Projeto da Petrobrás), se ao fazerem o referido projeto, os mesmos entraram em contato com a Fundação DER e com a prefeitura de Maricá. A pergunta deve-se ao fato de que o gasoduto do Vale da Figueira até o Condado de Maricá, irá margear a RJ 106, possivelmente no local que será utilizado para a duplicação da mesma. E no caso da prefeitura, a pergunta eve-se ao fato do gasoduto cruzar o futuro centro administrativo de Maricá, o mega empreendimento da Brookfields lançado em meados de 2012, e que segundo projeto receberá inúmeras empresas, lojas, edifícios, condomínios, passando a ser o novo centro administrativo de Maricá, numa previsão de 40 mil pessoas habitando o local. O engenheiro Vitor apenas informou que os contatos foram feito mas que no caso da prefeitura, nada foi informado, OU SEJA, POSSIVELMENTE O PROJETO DA BROOKFIELDS SEJA MAIS UMA FALÁCIA!.

PORTO CADA VEZ MAIS DISTANTE


O engenheiro de projeto Vitor Buives (da Petrobrás) na sua apresentação e no filme ilustrativo sobre o projeto, deixou muito claro o cuidado e a atenção da Petrobrás no local destinado para que o gasoduto sai de dentro do oceano e vá para terra. Deixou bem claro que o local escolhido, - a direita do antigo campo de golfe do Sr. Roberto Marinho (na direção de Saquarema) foi afim de PRESERVAR OS BEACH ROCKS, também deixando claro nas entrelinhas que o Porto se realmente acontecer, não será no costão de Ponta Negra, local onde estão localizados os BEACH ROCKS.

Ao final do Fórum, ficou acordado que a Petrobrás fará novas reuniões com moradores, empreendedores, imprensa local e com a Prefeitura para definir a possibilidade de mudança do novo traçado.