Em
outubro de 2013 a
Petrobras cancelou o processo de licitação do chamado Rota 3, gasoduto que vai
escoar o gás produzido nos campos do pré-sal - cujo projeto inclui o gás a ser
produzido em Libra, com potencial de 120 bilhões de metros cúbicos. Prevista inicialmente
para ocorrer em outubro ou novembro de 2013, a licitação deve ficar para o segundo
semestre de 2014, na nova projeção da estatal. Do outro lado, os fornecedores
vão além. Para eles, o processo licitatório só ocorrerá em 2015.
O
Rota 3 é o maior gasoduto planejado pela Petrobras para o pré-sal de Santos. O
projeto da estatal contempla ao todo três gasodutos. Segundo estimativas do
mercado, o Rota 3 iria consumir 150 mil toneladas de tubos de aço, em uma
extensão de cerca de 300
quilômetros , e tem um investimento aproximado de US$ 500
milhões, números que a estatal não comenta. A previsão da Petrobras indica que
o Rota 3 inicie suas operações em meados de 2017, permitindo o escoamento de
até 18 milhões de metros cúbicos diários de gás para Maricá, no Rio de Janeiro.
Em 28/10/2013, o diretor de Exploração & Produção da estatal, José
Formigli, confirmou que o gasoduto deve entrar em operação em 2016, mas membros
da Petrobrás nos fóruns realizados em Maricá nos dias 18 e 19 de março nos
bairros do Bananal e Ubatiba respectivamente, deixaram claro que a operação
está prevista para julho de 2017.
Segundo
José Adolfo Siqueira, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria
de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam), o fato de a Petrobras ter cancelado a
licitação do Rota 3 desestimula a indústria, que ficou sem uma previsibilidade
para continuar investindo.
-
Tem empresa que está com a fábrica parada. Investiram de olho nesse projeto.
Não se pode ter uma interrupção dessas - disse Siqueira, lembrando que o setor
petróleo responde por entre 15% e 20% da produção de tubos de aço no Brasil,
que soma entre 2,5 milhões e 2,8 milhões de toneladas de tubos por ano.
‘Preços excessivos’
Daniele Lomba - Gerente de Licenciamento da Petrobrás deu início do Fórum em Ubatiba |
Segundo
a Petrobras, a licitação “foi cancelada devido aos preços considerados
excessivos”. Agora, disse a companhia, em nota, será feita uma simplificação no
escopo do projeto com o objetivo de reduzir os preços. Em abril de 2013, os
executivos da Petrobras disseram que seriam construídas instalações na praia de
Jaconé, em Maricá, que receberiam esse gás do pré-sal. Depois, o gás seria
entregue ao Comperj, o polo petroquímico em Itaboraí, cuja entrada em operação
foi adiada de 2015 para 2016.
-
A Petrobras diz que os preços apresentados foram altos. Mas isso tudo reflete o
valor do mercado. É o maior gasoduto que vai escoar o gás do pré-sal. É muito
importante. Se a Petrobras quer um valor menor, tem que rever o projeto. Por
isso, acho muito difícil sair algo em 2014 - disse o presidente de uma empresa
do setor.
Atualmente
já está em operação o primeiro gasoduto, denominado Rota 1, que liga o campo de
Lula e a plataforma de Mexilhão, permitindo o escoamento de até dez milhões de
metros cúbicos diários de gás para Caraguatatuba, em São Paulo. O segundo
gasoduto, Rota 2, em implantação, vai iniciar a operação em meados de 2014,
quando possibilitará o escoamento de até 16 milhões de metros cúbicos diários
de gás para Cabiúnas, no Rio de Janeiro.
ALTERAÇÃO
DO PROJETO DESAGRADA MORADORES E EMPREENDEDORES DE UBATIBA, SILVADO E LAGARTO
Vitor Buives, Gerente de Projeto da Petrobrás explicou detalhes do projeto do gasoduto |
Representados
pelo Sr. Antonio Luiz, morador e empreendedor da região com diversos
condomínios de alto padrão (dentre eles o Pedra Verde), este mostrou os grandes
problemas da alteração do projeto. Segundo o Sr. Paulo Caetano (também morador
e empreendedor do local), um funcionário da ESTEIO (empresa contratada pela
Petrobrás para realizar o cadastramento dos moradores na área atingida pelo
gasoduto) informou que a alteração de traçado na região foi uma solicitação do
prefeito de Maricá, atendendo a alguns interesses. Que interesses seriam estes?
Eng. Antonio Luiz é morador e empreendedor na região |
O
jornalista Pery Salgado, do jornal Barão de Inohan (único veiculo de informação
de Maricá presente ao evento que não contou com NENHUM REPRESENTANTE DA
PREFEITURA, num flagrante descaso com o projeto, com a Petrobrás e com a
população) perguntou ao Eng. Vitor Buives (Gerente de Projeto da Petrobrás), se
ao fazerem o referido projeto, os mesmos entraram em contato com a Fundação DER
e com a prefeitura de Maricá. A pergunta deve-se ao fato de que o gasoduto do
Vale da Figueira até o Condado de Maricá, irá margear a RJ 106, possivelmente
no local que será utilizado para a duplicação da mesma. E no caso da
prefeitura, a pergunta eve-se ao fato do gasoduto cruzar o futuro centro
administrativo de Maricá, o mega empreendimento da Brookfields lançado em
meados de 2012, e que segundo projeto receberá inúmeras empresas, lojas,
edifícios, condomínios, passando a ser o novo centro administrativo de Maricá,
numa previsão de 40 mil pessoas habitando o local. O engenheiro Vitor apenas
informou que os contatos foram feito mas que no caso da prefeitura, nada foi
informado, OU SEJA, POSSIVELMENTE O PROJETO DA BROOKFIELDS SEJA MAIS UMA
FALÁCIA!.
PORTO
CADA VEZ MAIS DISTANTE
O
engenheiro de projeto Vitor Buives (da Petrobrás) na sua apresentação e no
filme ilustrativo sobre o projeto, deixou muito claro o cuidado e a atenção da
Petrobrás no local destinado para que o gasoduto sai de dentro do oceano e vá
para terra. Deixou bem claro que o local escolhido, - a direita do antigo campo
de golfe do Sr. Roberto Marinho (na direção de Saquarema) foi afim de PRESERVAR
OS BEACH ROCKS, também deixando claro nas entrelinhas que o Porto se realmente
acontecer, não será no costão de Ponta Negra, local onde estão localizados os
BEACH ROCKS.
Ao
final do Fórum, ficou acordado que a Petrobrás fará novas reuniões com
moradores, empreendedores, imprensa local e com a Prefeitura para definir a
possibilidade de mudança do novo traçado.