sexta-feira, 21 de novembro de 2025

CARTA ABERTA DOS PROFISSIONAIS DA E. M. PAULO FREIRE

É lamentável que educadores da Bilionária Cidade Utópica necessitem emitir uma CARTA ABERTA Á POPULAÇÃO para relatar a gravíssima situação da Escola Municipal Paulo Freire que segundo o executivo municipal, será extinta como escola do segundo segmento, sendo incorporada ao CEPT Leonel Brizola em 2026. Com certeza Paulo Freire deve estar 'capotando no túmulo'!

NOTA DE REPÚDIO À SITUAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR:

Os profissionais da educação da E.M. Paulo Freire vêm a público expor a gravíssima situação que ocorre na rede municipal de Maricá. Nos últimos dias, foi anunciada a extinção da E.M. Paulo Freire, em Itaipuaçu, a partir de 2026, como escola de segundo segmento. A unidade será incorporada ao CEPT Leonel Brizola, mantendo apenas turmas de primeiro segmento e transferindo as turmas de 7°, 8° e 9° anos para o CEPT.

Desde sua inauguração, em março de 2024, a escola enfrentou sérios problemas estruturais: água, luz, esgoto, energia, alocações, ausência de quadra, falta de espaço para recreio e alimentação, infestação de pombos, inexistência de telas interativas e materiais pedagógicos básicos, falta de livro didático e até de CNPJ — impedindo o funcionamento do Conselho Escolar. Apenas recentemente o CNPJ foi regularizado, permitindo abertura de conta, recebimento de recursos do PDDE e início coletivo do PPP.

Mesmo após dois anos de reivindicações da comunidade escolar, promessas feitas em audiência com o Secretário de Educação em março de 2025 não saíram do papel. Agora, no fim do ano letivo, a mudança repentina surge por meios extraoficiais. É passível de extremo repúdio a extinção de uma unidade escolar sem consulta pública, quando a rede cresce e necessita de mais escolas, não menos.

Os profissionais seguem sem informações ou diálogo, temendo perder sua lotação ou terem memorandos jogados ao final da fila em uma escola de grande porte — situação que ninguém escolheu. O mínimo seria respeitar a ordem de chegada dos memorandos e considerar a situação de contratados e terceirizados.

Mudanças desse tipo exigem um processo participativo, não decisões de cima para baixo. Espera-se ação firme do sindicato SINEDUC, cobrando esclarecimentos e garantindo condições mínimas de transição para profissionais e comunidades das duas escolas, que merecem respeito e inclusão em decisões que afetam suas vidas pessoais e profissionais.

Maricá, 21/11/2025.

colaboração: Luana Gouvêa