É preciso salvar a língua portuguesa do extremismo de gênero que quer impor às nossas crianças e adolescentes o caos. A linguagem neutra nada mais é que uma agenda ideológica que quer nivelar a educação por baixo, ao invés de proporcionar um ensino de qualidade. Ou seja, é a disseminação da ignorância no seu estado mais bruto.
A língua portuguesa hoje só admite dois gêneros gramaticais, o masculino e o feminino. Mas é importante lembrar que já teve três gêneros: masculino, feminino e neutro. Por razões fonéticas, os gênero neutro e o masculino se fundiram no latim vulgar muito antes da passagem do latim ao português. E para que isso acontecesse não teve nenhuma guerra ideológica e nunca foi uma questão de superioridade do homem sobre a mulher.
A linguagem neutra é uma ignorância que está sendo alimentada por uma minoria que quer a qualquer custo deflagrar uma cruzada da arrogância de gênero contra a língua portuguesa. É simples assim! Querem impor uma assepsia que destrói a beleza da diferença entre mulheres e homens, independente da opção sexual que cada um tenha.
É preciso pôr um freio nesse progressismo doentio e histérico que tenta, por motivos ideológicos, anular diferenças biológicas entre homens e mulheres como se tivesse um patriarcado opressor em cada esquina. É muito chato! E pior: querem criminosamente impor esse caldeirão de absurdos às nossas crianças e adolescentes.
As pautas inclusivas são muito importantes, mas os que defendem a adoção da linguagem neutra só estão se aproveitando da nossa provinciana polarização política. É um oportunismo canalha que só quer trocar uma dita hegemonia por outra. Ou seja, querem substituir o masculino genérico pelo não binário como a forma de referência genérica. É apenas a disseminação da ignorância.
Texto: Luciano Lima (historiador, jornalista e radialista)