sexta-feira, 16 de maio de 2025

CANDIDATURA DO PREFEITO DE MARICÁ À PRESIDÊNCIA NACIONAL DO PT CAUSA REBULIÇO NO PARTIDO


 A disputa pela presidência nacional do PT vem causando um enorme rebuliço depois de Washington Siqueira (o Quaquá), prefeito de Maricá se candidatou, desistiu, desistiu da desistência e confirmou sua candidatura em 13 de maio passado no Rio de Janeiro, no Circo Voador (com enorme claque de funcionários da prefeitura) e sem a presença do ex-prefeito Fabiano Horta, confirmando o 'racha' entre os dois, embora mantenham teatral aproximação. Inclusive, segundo informações, quando o atual prefeito citou o nome de Fabiano, o grande público presente 'ovacionou' o ex-prefeito o que não agradou por completo Siqueira, que aproveitou a ocasião para lançar o seu filho 
Diego Zeidan, para a presidência estadual, jogando também para escanteio o atual presidente e vice-prefeito de Maricá (que tem andada bastante fora dos holofotes), João Maurício (Joãozinho).

A candidatura do vice-presidente nacional do PT, presidente da ABM e prefeito de Maricá à presidência nacional do partido, em confronto direto com Edinho Silva (nome apoiado pelo presidente Lula), demonstra uma força política considerável e um desafio direto à influência do atual governo dentro do partido.

Dizem alguns apoiadores que essa movimentação sugere que Quaquá busca posicionar Maricá como o novo centro de poder do PT, sinalizando que a “era Lula” está terminando e permitindo o surgimento de uma nova liderança partidária, não apoiada pelos ainda caciques da legenda: Lindebergh, Haddad e Gleise.

No Rio de Janeiro, a disputa pela presidência estadual entre Diego Zeidan e o deputado federal Reimont confirma essa luta de poder, uma vez que Reimon é apoiado por figuras tradicionais do PT como Lindbergh Farias, Anielle Franco e André Ceciliano e representa a resistência das lideranças estabelecidas ao avanço de Maricá. Quaquá, por sua vez, defende a candidatura de Diego como a vitrine de um modelo de gestão que, segundo ele, representa o futuro do partido.

A força de Maricá, evidenciada pelo crescente número de filiados (segundo muitos do próprio partido, obtidas de maneira irregular) e pela influência política de Quaquá, coloca em xeque a estrutura tradicional do PT, até porque, o prefeito de Maricá não tem limites e desafia o regimento interno do partido além de confrontar a executiva federal sem sofrer maiores sanções.

A eleição para a presidência nacional e estadual do PT, portanto, não é apenas uma disputa por cargos, e sim, é um confronto entre duas visões de futuro para o partido. De um lado, a tradição representada pelas lideranças estabelecidas pelo legado de Lula, ainda a grande coluna de sustentação do partido e do outro lado, a ascensão de Maricá e a ambição de Quaquá de remodelar o PT à sua imagem, muitas vezes autoritária e até vingativa. 

Tenham certeza que o resultado dessas eleições partidárias não só definirá o futuro da legenda petista mas também a força e o papel de Maricá no cenário político nacional e a própria sobrevivência de Quaquá na cidade e no cenário político nacional.