quinta-feira, 20 de junho de 2024

JUNHO VIOLETA: Casa da Terceira Idade do Centro tem dia de ações

 Palestras, atividades físicas e teatro lembraram a conscientização da violência contra a pessoa idosa


A Secretaria de Políticas para a Terceira Idade, realizou na terça-feira (18/06), na Casa da Terceira Idade do Centro, uma série de atividades em alusão ao chamado ‘Junho Violeta’, mês dedicado à conscientização da violência contra a pessoa idosa, cujo dia foi comemorado no último sábado (15/06). Os frequentadores tiveram um evento com atividade física, palestras e até uma peça teatral, que foi apresentada na unidade de Itaipuaçu, na quinta-feira (20).

A palestra principal foi apresentada pela equipe de assistentes sociais da casa, que falaram sobre as diferentes formas de violência silenciosa sofrida pelos idosos, como a infantilização, onde eles passam a ser tratados como crianças incapazes.

“Para mim, o abandono também é uma violência, tão revoltante quanto a agressão física. Sobre essa, leio muitos relatos nas redes sociais e vejo que a maioria ocorre dentro de casa. Temos de ficar atentos”, disse Ana Cristina dos Santos, de 68 anos, ao contar que vai à casa diariamente para participar das atividades. “Já disse que qualquer dia trago minha cama para cá”, brincou a moradora do Parque Nanci.

O secretário Amarildo Moreno reforça a fala da frequentadora ao lembrar que os idosos estão expostos a outros tipos de abandono e não percebem muitas vezes. “Há um tipo de abandono silencioso, onde a vítima vai sendo negligenciada. Aqui temos a oportunidade de mostrar a eles que ocorrem essas modalidades de violência, e também que eles não devem se deixar usar por ninguém”, alertou o gestor, ao lembrar que as atividades pelo Junho Violeta começaram no último dia 4 e acontecem em todas as Casas da Terceira Idade.

A Secretaria de Políticas para a Terceira Idade disponibiliza um canal para denúncias de violência e maus tratos contra idosos, pelo telefone 99570-6685 (apenas por ligações) ou pessoalmente em uma das cinco casas e oito pólos da terceira idade nos bairros. Um corpo técnico formado por assistentes sociais, psicólogos e neuropsicólogos prestará assistência às vítimas e suas famílias.

FOTO: KATITO CARVALHO