Os fatos lamentáveis e covardes contra as mulheres em Maricá (infelizmente constantes e crescentes) e as mortes de Rafaella (30) - moradora do Espraiado, que saiu de casa para pagar contas e foi encontrada dois dias depois sem roupa em uma praia de Saquarema e de Ysabelli (18) - moradora de Inoã, que saiu de cada para comprar um lanche e foi encontrada uma semana depois sem roupa em um matagal na estrada dos Cajueiros, foram os estopins para que várias mulheres e movimentos começassem a fazer manifestações pedindo SOCORRO, JUSTIÇA e AÇÕES PRÁTICAS DOS TRÊS PODERES para acabar com essa carnificina diária às nossas mulheres (mães, irmãs, filhas...).
O primeiro deles criado após ima postagem de Luana Silva e replicado por centenas de mulheres e que recebeu apoio direto do Jornal Barão de Inohan e Informativo CULTURARTE, reuniu cerca de 20 mulheres na manhã da quinta feira 28 na praça Orlando de Barros Pimentel. Aparentemente o número de participantes pode ter sido pequeno, mas com a presença de várias mídias locais e regionais, fez ecoar o grito de socorro e chamou atenção do judiciário, onde o delegado titular da 82 DP acabou se manifestando (não como todos queriam, mas se manifestou, inclusive citando o CCS Maricá, presidido por uma mulher e que até agora EM NADA SE MANIFESTOU).
Segundo o jornalista Pery Salgado que abraçou de imediato o nascedouro da primeira manifestação, dando dicas à criadora e conseguindo a participação da PM e SEOP na manifestação do dia 28, não importa se presencialmente foram apenas 20 mulheres, mas que estas manifestações, venham a acontecer diariamente, em todos os momentos, em cada esquina, com 5, 10, 20, 50 ou mil mulheres, mas elas precisam ser ouvidas e ACOLHIDAS.
O mesmo grupo organizou outra manifestação para o sábado 30, no mesmo local e hora e reuniu 21 pessoas que deram seus depoimentos pessoais, mas que infelizmente não ecoou como deveria pois segundo informações, apenas uma mídia esteve presente e as organizadoras estavam sugerindo que nada fosse divulgado (como assim???).
NOTA DA ORGANIZADORA:
Por mensagens através no MESSENGER, a organizadora do encontro (que pediu que não citássemos mais o nome dela), pediu que fizéssemos algumas correções e nos informou que haviam mais de 21 pessoas no encontro (nos baseamos na foto enviada abaixo), que o foco é a justiça, que a mesma não quer ser enaltecida nem reconhecida pela sua luta pois ratificando, o foco é a justiça.
MANIFESTAÇÃO EM FRENTE À DELEGACIA
A advogada Ingrid Menendes ainda no sepultamento da jovem Ysabelli na quarta feira 27 em São Gonçalo, informou que faria uma manifestação em frente à delegacia de Maricá na segunda feira 1º de agosto às 10:30h, para cobrar melhor atendimento, acolhimento e que as medidas protetivas fossem realmente feitas e acatadas pelo judiciário maricaense e cobrou os números que não eram divulgados.
Na sexta feira 29, a delegacia soltou a informação sobre 822 medidas protetivas realizadas em um ano e Ingrid questionou então quantos casos efetivos de agressões devem existir, uma vez que grande parte destes não são acolhidos ou sequer recebidos?
Movimentos começaram a abraçar a manifestação que mudou de dia e acontecerá na manhã do domingo 31, às 10:30 h, em frente a delegacia, e sua presença, seu grito, SEU CHORO, é muito importante. Venha participar, GRITAR, CHORAR, SE REVOLTAR!
Será uma manifestação pacífica e contamos com a presença de todos (a 6ª Cia e a SEOP foram informadas da manifestação).
MOVIMENTO MARICÁ MELHOR QUESTIONA
QUEM JÁ TEVE SEU REGISTRO E SEU ATENDIMENTO RECUSADO NA 82 DP MARICÁ??? VAMOS FAZER UMA ENQUETE??? questionou George Harrison, um dos responsáveis pelo MMM.
Estatística fornecida pela delegacia de Maricá!!!
Detalhe: esses são os casos de violência doméstica que foram realizados registros, fora os que não são registrados!!! Ou seja, .dados nitidamente não condizem com a realidade, tendo em vista a recusa constante em efetuar os registros.
E sigo me fazendo a seguinte pergunta... para que serve essa delegacia se não tem central de flagrantes, não atua no desaparecimento, nem homicídio, não tem atendimento adequado a mulher e o mais importante, o delegado nunca está???
Sem contar com as medidas protetivas que em média 60% são indeferidas pelo juiz da comarca!