segunda-feira, 11 de abril de 2022

A INFLAÇÃO NAS EMBALAGENS (1): O AUMENTO QUE MUITOS NÃO PERCEBEM (Caixas de bombons)


 O jornal Barão de Inohan começa hoje a falar sobre um tema que passa desapercebido da maioria de nós cidadãos que na correria do dia a dia não tem tempo ou não percebem fatos que já fazem parte da nossa vida e sem querer em épocas de alta de inflação acabamos pagando por um determinado produto achando que ele se manteve no preço, mas quando observamos com mais calma, vemos que o produto teve um aumento enorme, muitas vezes não do preço, mas sim, pela diminuição da quantidade dentro da embalagem.

Começaremos a série A INFLAÇÃO NAS EMBALAGENS mostrando vários produtos que nos últimos meses tiveram essa alteração nos seus conteúdos. A prática infelizmente não é proibida, mas pode ser abusiva e segundo a lei de defesa do consumidor, nas embalagens precisam estar apresentadas em letras grandes e espaços destacados (o que na maioria das vezes não acontece), com a informação da alteração da quantidade na embalagem, a redução em relação a embalagem anteriormente vendida e o percentual desta diferença.

Como estamos no período da Páscoa, e as caixas de bombom e as barras de chocolate são instrumentos para que a páscoa não fique esquecida, devido aos abusivos preços dos ovos de chocolate, vamos começar essa série mostrando o que aconteceu com as caixas de bombons e as barras de chocolate nestes dois últimos anos pandêmicos.




Antes da pandemia, em 2019, as caixas de bombons das principais marcas (Lacta, Nestlé e Garoto) pesavam 400 g conforme figura acima. Logo após o início da pandemia, a Lacta sofreu sua primeira baixa, passando das 400 gramas para 378 g (uma diferença pequena, cerca de 5% a menos no peso, algo aparentemente insignificante). É bom lembrar que nesta época, as caixas de bombons variavam de R$ 7 a R$ 10,00.

Nesta Páscoa, 2022, as caixas das três principais marcas passaram a ter apenas 250g, ou seja, 40% A MENOS NO PESO, porém os preços se mantiveram iguais, variando entre R$ 7 a R$ 10,00. Para quem está comprando pode não doer no bolso, mas façamos então as contas:

- se comprávamos uma caixa de bombom de 400 g por R$ 10,00 em 2019/2020 e agora (2022) pagamos os mesmos R$ 10,00 mas por uma caixa de bombons com apenas 250g, na verdade, estamos pagando R$ 16,00 por 400 gramas, ou seja 60% de aumento.



BARRAS DE CHOCOLATE

O mesmo aconteceu com as barras de chocolate. Até 2019, elas eram encontradas com 130 gramas e custavam cerca de R$ 4 a 5,00. Hoje são encontradas em embalagens de 90 gramas e o valor entre R$ 5 a 6,00, ou seja, além do aumento de preço, houve uma redução de 30%. Supondo uma barra com valor de R$ 5,00, façamos as contas:

- se comprávamos uma barra de chocolate de 130 g por R$ 5,00 em 2019/2020 e agora (2022) pagamos os mesmos R$ 5,00 mas por uma barra com apenas 90g, na verdade, estamos pagando R$ 7,20 por 130 gramas, ou seja 44% de aumento.

Fiquem ligados nas embalagens, pois muito da inflação, está contida nelas. Em breve, mais uma reportagem da série A INFLAÇÃO NAS EMBALAGENS.