A delegada Luzinea Vasques esteve na conferência |
Com o tema “A Democratização e Valorização da Cultura Local como Vetor do Desenvolvimento Social de Maricá”, o primeiro dia da III Conferência Municipal de Cultura aconteceu nesta quarta-feira (30/10), na Lona Cultural Marielle Franco, na Barra de Maricá.
O objetivo do encontro é formular propostas dentro de quatro eixos temáticos. São eles: Valorização e Regularização de Artistas; Democratização das Atividades Culturais; Diretrizes para o Plano Municipal de Cultura e Preservação e Salvaguarda do Patrimônio Cultural.
“Hoje serão propostas estratégias para a implementação do Plano Municipal de Cultura, lembrando que realizamos pré-conferências onde discutimos a cultura local nos seus aspectos de identidade, memória, produção simbólica, gestão, proteção, participação social e plena cidadania”, enfatizou a secretária de Cultura, Andrea Cunha. As etapas preparatórias foram realizadas nos bairros Itaipuaçu, Inoã e Cordeirinho e Barra de Maricá.
O poeta, ator, jornalista, diretor teatral e sociólogo, Sady Bianchin, falou sobre descentralização e como a produção cultural desde o Brasil colonial era concentrada nas mãos de uma elite. “Em Maricá temos a discussão e elaboração de projetos voltados para o social e para a garantia de direitos. Aqui, os artistas estão engajados na construção de uma politica pública participativa”, afirmou.
“É um momento único onde não podemos deixar de participar plena e ativamente do processo de construção de políticas públicas”, declarou a presidente da Academia de Ciência e Letras de Maricá, Maria Regina Moura, ressaltando que a academia, fundada em 1975, faz parte da história da cidade.
A diretora de diversidade cultural da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Roberta Martins, falou da importância da necessidade de uma legislação específica de cultura para legitimar e regulamentar as politicas públicas. “A cultura é fundamental para o governo e por isso é fundamental a construção do Plano Municipal de Cultura, como um instrumento de representatividade definindo as diretrizes a serem desenvolvidas”, salientou.
Participante da conferência como uma das delegadas do evento, a moradora do Centro, Luzineia Braga, de 51 anos, considera fundamental à realização de eventos que valorizem a cultura local. “Excelente essa oportunidade para mostrarmos os mais variados tipos de arte que são produzidos na nossa cidade. É um ato de liberdade artística”, frisou.
Os amigos Luane Vasconcellos, de 15 anos, moradora do Caxito, e Richard Gomes Machado, de 17 anos, aluno do CEM Joana Benedicta Rangel, fizeram questão de participar da discussão de propostas para o crescimento da área cultural.
“É uma forma de trazermos desenvolvimento para nossa cidade não só para os adultos, mas para os jovens também”, ressaltou Luane. Já Richard, que é suplente de delegado, desde que veio morar em Maricá ficou motivado a participar ativamente dos processos de formação cultural. “Gosto de canto, dança, participo de rodas culturais e acho fundamental estar inserido desde cedo na elaboração de estratégias que reflitam em melhorias culturais para nossa cidade”, destacou.
O evento terá prosseguimento na quinta-feira (31/10) com a discussão dos grupos de trabalho e na parte da tarde com a plenária para leitura e aprovação da Carta de Maricá com as diretrizes criadas pelos artistas e sociedade civil do município, como suas propostas para a elaboração do Plano Municipal de Cultura.