quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Festa Literária de Maricá é aberta com bom movimento no primeiro dia.


A quarta edição da Festa Literária de Maricá (FLIM) foi aberta oficialmente na manhã desta quarta-feira (24/10) pelo prefeito Fabiano Horta. Com números significativos – mais de 50 mil títulos diferentes, cerca de 500 mil exemplares e 20 estandes –, o evento fica montado na Praça Orlando de Barros Pimentel até o dia 1° de novembro, sempre das 8h às 20h. O único dia em que não haverá feira será neste domingo (28) em razão do segundo turno das eleições. Há ainda a tenda Café Literário, onde haverá palestras como a da escritora Thalita Rebouças (sexta, dia 26, às 15h) e o espaço Maricá no Mundo da Leitura, no qual estão previstas apresentações de teatro e contação de histórias. 

A solenidade de abertura ocorreu na tenda Café Literário e teve a participação de personagens como reis, rainhas, princesas e da Turma da Mônica, que tiraram muitas fotos com as crianças. Em seu discurso, Fabiano Horta afirmou que a FLIM hoje pertence à cidade de Maricá. “A feira vai dar seus frutos no amanhã, vai frutificar na consciência de quem frequenta. Estamos semeando um futuro libertário, não há limites para o poder transformador de eventos como esse, que não distingue pessoas. A FLIM é um grande espaço de saber”, avaliou o prefeito, que ao final recebeu alunos do 1º ao 5º anos da E.M. Marisa Letícia Lula da Silva que compõem o grupo ‘Saberes e Sabores’. Eles confeccionaram bonecos de pano representando a diversidade das crianças e, com o prefeito, declararam a abertura da FLIM.


Todas as escolas da rede municipal de ensino irão participar nos sete dias de evento. Na abertura, o movimento de meninos e meninas uniformizados já foi intenso. As crianças utilizaram os vouchers distribuídos nas unidades para comprar seus livros preferidos. Aluno da E.M. Ataliba Domingues, em Itaipuaçu, Davi, de 11 anos, mostrava os exemplares que iam de uma edição de “O Cortiço” (de Aluísio Azevedo) ao livro da série de TV americana “Assassin’s Creed”. “Tenho ainda um saldo para comprar e vou escolher quais eu levo”, ponderou o menino. Acompanhada da avó, a pequena Geovana, que estuda na recém-inaugurada E.M. Carlos Manoel da Costa Lima, também já tinha os seus escolhidos. “Acho isso muito importante porque traz as crianças para a leitura, e hoje elas estão lendo muito pouco”, avaliou a aposentada Sheila Maria Prado, de 63 anos, avó da menina de 6 anos.


Para a secretária de Educação de Maricá, Adriana Luiza da Costa, a FLIM é um projeto de libertação do pensamento. “Ver essas crianças se libertando através da leitura é maravilhoso, e nós só temos a agradecer por ter um governo que vive a educação e mantém a leitura presente sempre. Ficamos muito satisfeitos com isso”, afirmou. Um dos diretores da Associação Brasileira de Difusão do Livro, Roberto Leal, revelou que a meta desta edição é manter ou talvez superar a vendagem obtida em 2017, que chegou a 80% da oferta na praça. “Nossa entidade é parceira da Prefeitura na organização e execução do evento e representa as editoras de livros participantes. Ter uma feira desse porte é uma maravilha para nós, mas também porque incentiva o hábito da leitura. Todo município deveria ter um evento assim com esse propósito, copiar o que está acontecendo aqui. Maricá é um exemplo para a região”, decretou o executivo.