A jornal, Miguel Reale Júnior criticou posição de ficar 'no muro' e defendeu que partido não pode 'ser fraco' diante de 'afronta à ética'
A decisão do PSDB de permanecer na base aliada do presidente Michel Temer (PMDB) provocou a primeira baixa no partido: Miguel Reale Júnior, advogado e um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), decidiu deixar o partido. Ao jornal O Estado de S.Paulo. Reale afirmou que desistiu do partido “diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco, que é diante da afronta à ética”.
Em reunião nesta segunda-feira, a legenda optou por continuar apoiando Temer ao menos durante a tramitação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional. No governo, o PSDB tem quatro ministros, que permanecerão após a decisão: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).
Ministro da Justiça no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Reale Júnior ironizou a postura do partido, que tem feito reuniões periódicas para discutir o desembarque do governo, mas, no entanto, resultando em sucessivas permanências “Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”, afirmou o advogado.