Dilma e Aécio buscam feito inédito no 2º turno
Petista tem a chance de consolidar o tempo mais longo de um partido no governo; tucano tenta virada inédita
Pela quinta vez na história, os eleitores brasileiros vão às urnas para escolher o presidente da República em segundo turno. Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) tentarão no domingo, mais do que garantir o direito de governar o país pelos próximos quatro anos, conquistar um feito inédito na política brasileira.
A petista tem a chance de consolidar o tempo mais longo de um partido no governo durante o período pós-redemocratização e, pela primeira vez, estabelecer a segunda reeleição consecutiva de um presidente de um mesmo partido.
O candidato tucano, por sua vez, tentará uma virada inédita. Nunca o candidato que conquistou a liderança da preferência do eleitorado no primeiro turno perdeu uma eleição.
Aécio já conseguiu repetir uma façanha na história recente da disputa presidencial. Apontado como 3º colocado durante a maior parte da campanha, o senador mineiro deu uma arrancada, ultrapassou Marina Silva (PSB) na reta final e foi para o 2º turno.
Em 1989, Luiz Inácio Lula da Silva estava em situação semelhante e, contrariando as pesquisas, ficou na frente de Leonel Brizola (PDT) e foi à disputa final com Fernando Collor (PRN), que foi eleito.
Polarização
O Brasil teve 76 candidatos à Presidência da República nas últimas sete eleições - 22 apenas no pleito de 1989, um recorde. Os partidos de Dilma e Aécio são os principais protagonistas. O PT levou seu candidato ao fim de todas as disputas presidenciais. O PSDB esteve em seis, mas foi pioneiro ao ter, por duas vezes, decidido logo no primeiro turno: em 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso venceu Lula.
Curiosamente, o extinto PRN é o terceiro maior frequentador da ambicionada cadeira do Palácio do Planalto. Collor a ocupou em 1989 sofreu impeachment e foi substituído por Itamar Franco, que era filiado ao partido.
O PMDB ocupou o cargo em 1985. José Sarney substituiu Tancredo Neves – eleito pelo voto indireto – que morreu antes de tomar posse.