Aconteceu no domingo 29 de junho a Sessão Magna de Posse da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Architekton 124 localizada em Maricá, no bairro do Flamengo.
A belíssima cerimônia é dividida em duas partes, onde acontecem a posse com rituais exclusivos aos irmãos maçons e posteriormente a cerimônia aberta aos convidados e familiares (conhecida como cerimônia branca).
O novo Mestre Venerável que presidirá os trabalhos desta loja maçônica por um ano no período 2014/2015 é o irmão FLÁVIO ALEX OLIVEIRA. O Past Venerável José Reinaldo deu posse a Flávio.
Na mesma cerimônia, JORGE MONTEIRO recebeu o título de MESTRE INSTALADO e lembranças da GRANDE LOJA e Leda Regina Amaral (esposa de Venerável Flávio) foi empossada Presidente do Departamento Feminino da Loja Architekton 124 pelo mesmo período.
Após belíssima cerimônia, a festa de confraternização aconteceu no SITIO FRATERNO de propriedade do ilustre casal.
Confira algumas fotos do evento. E a seguir, conheça a História da Maçonaria no Brasil
Para ver todas as fotos da cerimônia acesse
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A Maçonaria no Brasil
Desde a crise do Antigo Sistema Colonial, a
maçonaria está presente em nossa história, destacando-se inicialmente, entre
alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final
do século XVIII. Nesse período que antecede a Independência, a maçonaria
assumiu uma posição avançada, representando um importante centro de atividade
política, para difusão dos ideais do liberalismo anticolonialista.
Sua influência cresceu consideravelmente durante
o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como uma das mais
importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao
longo de todo período monárquico no século XIX. Nesse processo, a história do
Brasil Império é também a história da maçonaria, que vem atuando na política
nacional desde os primeiros movimentos de independência, passando pelos irmãos
Andradas no Primeiro Reinado, até as mais importantes lideranças do Segundo
Império, no final do século XIX.
O QUE É A
MAÇONARIA ?
Trata-se de uma associação semi-secreta,
difundida no mundo todo, que adota os princípios de fraternidade e da
filantropia entre seus membros. A maçonaria é composta principalmente por
profissionais liberais, que se iniciam através de rituais incluindo juramentos
de fidelidade e uma série de simbolismos, onde a moral, a fraternidade e a
retidão são representadas pelo livro sagrado, pelo compasso e pelo quadrado. No
cotidiano os maçons se comunicam através de sinais secretos, senhas e
cumprimentos especiais.
A maçonaria não é uma seita religiosa, embora o
único obstáculo para aceitação de um novo membro seja o ateísmo, já que os
maçons professam a crença em um ser supremo. Ela é supra-religiosa, pois são
aceitos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e qualquer homem de fé.
HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS
Em meados do século XV na Inglaterra as lojas
medievais de free masons ("pedreiros livres"), inicialmente
reservadas somente a profissionais ligados a esse ofício (arquitetos e
engenheiros), abriram-se para membros da nobreza, da burguesia e do clero.
Durante os séculos XVI e XVII, crescia cada vez mais o número desses maçons
aceitos que conservaram os ritos e os símbolos da maçonaria tradicional de
pedreiros, arquitetos e engenheiros, apegando-se contudo às suas próprias
interpretações no tocante a questões filosóficas, científicas e espirituais.
No início do século XVIII aparece a
franco-maçonaria moderna, com orientação interna baseada no Livro das
Constituições publicado em 1723 por James Anderson, que exerceu influência
internacional no pensamento das sociedades modernas, difundindo-se
principalmente, nos países anglo-saxônicos.
A hierarquia para iniciação maçônica possui três
níveis (aprendiz, companheiro e mestre), que são desenvolvidos em lojas ou
oficinas. Do quarto grau até o décimo quarto o maçom se desenvolve em lojas de
perfeição, depois, do décimo quinto ao décimo oitavo, em capítulos, e do décimo
nono ao trigésimo em
areópagos. A partir do trigésimo grau até o trigésimo terceiro
e último, a iniciação é realizada por conselhos que administram os quatro
grupos precedentes.
A simbologia da maçonaria é composta por
elementos de uma linguagem coerente e complexa. Apesar de não possuir definição
político-partidária ou religiosa, a maçonaria sempre atuou no campo
político-ideológico.
No Brasil, a maçonaria distanciou-se dos
interesses populares, passando a representar a aristocracia rural,
estendendo-se no máximo às classes médias emergentes.
A MAÇONARIA NO BRASIL
Apesar da maçonaria estar presente no Brasil
desde a Inconfidência Mineira no final do século XVIII, a primeira loja
maçônica brasileira surgiu filiada ao Grande Oriente da França, sendo instalada
em 1801 no contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias
lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro Grande
Oriente Brasileiro sob a direção de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.
A lusofobia tão presente nos movimentos de
emancipação, também caracterizava a maçonaria brasileira, que desde seus
primórdios não aceitava se submeter ao Grande Oriente de Lisboa.
Como em toda América Latina ,
no Brasil a maçonaria também se constituiu num importante veículo de divulgação
dos ideais de independência, sendo que em maio de 1822 se instalou no Rio de
Janeiro o Grande Oriente Brasiliano ou Grande Oriente do Brasil, que nomeou
José Bonifácio de Andrada e Silva o primeiro grão-mestre da maçonaria do país.
Com D. Pedro I no poder, o Grande Oriente do
Brasil foi fechado, ressurgindo apenas com a abdicação do imperador em 1831,
tendo novamente José Bonifácio como grão-mestre. Nesse mesmo ano ocorre a
primeira cisão na maçonaria brasileira, quando o senador Vergueiro funda o
Grande Oriente Brasileiro do Passeio, nome referente à rua do Passeio, no Rio
de Janeiro.
A divisão enfraqueceu a maçonaria, que começou a
perder influência no quadro político do Império brasileiro. Essa situação
agravou-se em 1864, quando o papa Pio XI, através da bula Syllabus, proibiu
qualquer ligação da Igreja com essa sociedade.
No contexto de crise do Império brasileiro, esse
quadro tornou-se mais crítico em 1872, quando durante uma festa em comemoração
à lei do Ventre-Livre, o padre Almeida Martins negou-se a abandonar a
maçonaria, sendo suspenso de sua atividade religiosa pelo bispo do Rio de
Janeiro. Essa punição tinha sido antecedida por um discurso feito pelo padre
Almeida Martins na loja maçônica Grande Oriente, no qual o religioso exaltou a
figura do visconde do Rio Branco, que, além de primeiro-ministro, era grão-mestre
da maçonaria.
Neste processo, o bispo de Olinda, D. Vital e o
de Belém, D. Macedo determinam o fechamento de todas irmandades que não
quiseram excluir seus associados maçons. A reação do governo foi rápida e
enérgica, quando em 1874, o primeiro-ministro, visconde do Rio Branco,
determinou a prisão dos bispos seguida de condenação a quatro anos de reclusão
com trabalhos forçados. Apesar da anistia concedida no ano seguinte pelo novo
primeiro-ministro duque de Caxias, a ferida não foi cicatrizada e o Império
decadente junto com a maçonaria que o sustentava, perdiam o apoio do clero e da
população, constituindo-se num importante fator para queda do obsoleto regime
monárquico e para separação do mesmo com a Igreja.
No período
republicano a maçonaria conseguiu crescer e diversificar suas atividades pelo
país, apesar de ter perdido o poder de influência no Estado brasileiro. Nesse
final de século, a maçonaria permanece como uma associação, que apesar de
defender os princípios de fraternidade e filantropia, exclui, mesmo que de
forma não assumida, a participação das camadas sociais menos abastadas entre
seus membros.