domingo, 6 de julho de 2014

PETROBRÁS GARANTE QUE EMISSÁRIO DO COMPERJ NÃO TRARÁ PROBLEMAS


Aconteceu na tarde da quinta 03 de julho o segundo encontro do CCS (Conselho Comunitário de Segurança) com técnicos da Petrobrás. O primeiro encontro aconteceu em junho também no CCS onde a Petrobrás enviou apenas a representante do setor de Diálogo Social do Comperj ligada a Gerencia de Comunicação e Desenvolvimento Regional - Luciana Antunes -, para anotar as demandas e acertar a vinda de técnicos para que pudessem responder aos vários questionamento que não foram respondidos na audiência pública de maio.

Na reunião do dia 03, um aparato de vários representantes da Petrobrás estiveram presentes para responder as 124 perguntas selecionadas segundo informou a presidente do CCS - Carla Elpydio.
Abrindo a apresentação Luiz Redondo (Eng. de Obras do Emissário) apresentou o projeto através de video ilustrativo mostrando o traçado, explicando como seriam colocados os dutos tanto na parte terrestre quando na parte marítima. Várias perguntas foram respondidas sem no entanto convencer a maioria dos presentes.


Continuando a apresentação, Fábio Amaral (Eng. Responsável da Área de Licenciamentos dos Estudo Ambientais) conduziu o restante dos trabalhos, por estar em mais sintonia com as perguntas alí colocadas.


Alguns embates aconteceram com Flávia Lanari (Presidente da Apalma) que em nome da população questionava a apresentação do novo projeto onde na parte marítima foram incluídos mais dois quilômetros de duto, deixando toda a vazão dos dutos muito próximo às Ilhas Maricá. Na verdade, a solicitação é que estes dutos ultrapassem em dois quilômetros às Ilhas Maricá, grande berçário de vida marinha na região.


Também se fez ouvir o engenheiro Rafael Lepori da área de Processamento Químico explicando o que realmente será despejado e garantindo que a água despejada terá 95% de pureza.


Os maiores questionamentos foram feitos pelos moradores de Cassorotiba e Santa Paula, local que será cortado pelo emissário. Conhecido como local de solo bastante instável e por ter a presença incomoda da Pedreira do SPAR, os moradores queriam saber sobre possíveis vazamentos e até mesmo rompimento da tubulação que passa pelo local.


Foi explicado que a tubulação (com diâmetro de 80 cm e parede de quase 10 cm de espessura) será enterrada a dois metros de profundidade e sobre ela, cerca de 1,1m de terra garantiram sua segurança.
A tubulação será colocada sobre uma espécie de dormentes e em alguns locais haverá uma jaqueta protetora de concreto garantindo mais estabilidade.

Nos locais de maior esforço - passagem sob rodovias e rios - uma máquina tipo tatuzão fará os furos e conduzirá a tubulação por locais com profundidades maiores do que as normalmente utilizadas no maior projeto.

PLANO DE CONTINGENCIA EXISTE MAS NÃO FOI APRESENTADO


Questionado pela secretária do CCS - Anna Maria Quintanilha - sobre o plano de contingência caso haja um problema de vazamento, Fábio Amaral explicou que existe sim já o plano de contingência mas que o mesmo ainda não foi apresentado pois depende de aprovação do INEA. Nenhum órgão de segurança do estado tem conhecimento deste plano, mas segundo Flávio, a condição de algum vazamento de grande porte é descartada e explicou:
- Esse duto transportará apenas água. Não estamos falando de um oleoduto e o um gasoduto que transporta elementos perigosos e explosivos.


Independente de não transportar produtos explosivos, um vazamento não pode ser descartado, o que contaminaria o solo, mas ainda assim, garantiu Flávio Amaral que esse vazamento não afetaria nenhum lenço freático em sua qualidade e que o vazamento seria identificado em no máximo 15 minutos após seu início, paralisando a operação do emissário. Mas ainda assim, haveria o produto que estaria no duto sendo transportado e garantiram que por maior que venha a ser vazamento este será mínimo e não afetará a qualidade do solo e da vida na região. Assim esperamos.

Ainda segundo Anna Maria, as perguntas também serão enviadas ao INEA para que apresentem as alterações do projeto e que venham responder sobre as licenças ambientais dadas à Petrobrás sobre os locais do traçado.


CCS PEDE AJUDA AO GREENPEACE QUE INFORMA NÃO ATUAR NESTA ÁREA

A secretária geral do CCS Maricá, enviou solicitou de ajuda ao GREENPEACE BRASIL e recebeu a seguinte resposta:

Esse assunto não está em uma área em que o Greenpeace atua diretamente, nós sugerimos que você consulte um especialista ou até mesmo uma organização regional.
O Greenpeace é uma organização não-governamental que age de forma direta e não-violenta sobre problemas ambientais globais que impactam em todas as formas de vida. Garantimos a independência de nossas ações por não aceitarmos doações de empresas ou governos, apenas de pessoas.
Após análises ambientais, políticas, econômicas e sociais, alguns desafios foram eleitos como prioridades para a Organização. Estes desafios se resumem no que chamamos de “campanhas”, que no Brasil estão focadas, principalmente, no desmatamento de nossas florestas, a relação entre clima e energia e o tema mobilidade urbana.
Nossa equipe se posiciona somente a respeito de assuntos que domina, baseando-se em estudos científicos e documentação rigorosa. Dessa forma, mantemos a seriedade e idoneidade em nossos posicionamentos públicos.
Gostaríamos de poder ajudar e trabalhar a maioria dos temas que nos são expostos, porém, por essas questões, temos que limitar nossa área de atuação.
Lamentamos não poder ajudar.
Atenciosamente,
Relacionamento com Colaboradores
Greenpeace Brasil