Sobre o OUTRAS PALAVRAS, era um jornal tido como de oposição ao governo de Ricardo Queiroz e além de muito bem redigido, tinha na sua página 2, seus melhores momentos com 'notícias da fictícia cidade Marilá". Era esplêndido!!!
Inclusive, você ainda pode ver matérias de 2012 e 2013, acessando https://outraspalavrasjornal.blogspot.com.
Em 2005, lançaram o Guia MaricáJá e logo a seguir, a revista MaricáJá, que passou a ser referência na cidade.
Uma publicação do Observatório da Língua Portuguesa (https://observalinguaportuguesa.org/uma-nova-revista-a-brasil-ja/) de 22 de janeiro de 2024 dá conta de uma nova revista, a BrasilJá, um projeto de investidores brasileiros, que segundo a publicação foi lançada nas bancas na quarta-feira 24/01/24, tendo como público-alvo os imigrantes de língua portuguesa, de acordo com informação do jornalista brasileiro Nonato Viegas Pereira.
O projeto BrasilJá é mais que uma revista mensal impressa em Portugal, com uma tiragem de dez mil exemplares, pois engloba também versões digitais, adiantou aquele responsável.
Na prática, “é um órgão de comunicação de múltiplas, que tem uma publicação mensal impressa e que está presente também no digital, no site e nas redes sociais”, afirmou.
O projeto pertence à empresa familiar Tarefaprazível, que tem como acionistas Gabriela Santos da Silva Lopes Siqueira (com 50%), mulher do então deputado federal e um dos fundadores do PT – Partido Dos Trabalhadores do Brasil Washington Siqueira (o Quaquá), e Ione Cardoso Siqueira (50%) mãe do então deputado e atual prefeito de Maricá (2025), confirmou o diretor de informação da revista e do site.
“Elas têm no Brasil outras empresas, também na área de comunicação, e uma editora”, adiantou.
O deputado do PT, partido de Lula da Silva, tem na revista um artigo de opinião assinado, onde é identificado como cientista social e um dos fundadores daquele partido.
Porém, explicou Nonato Viegas, não é ele que está à frente do negócio, porque passa menos tempo cá “por conta do mandato de deputado do PT no Brasil”, mas “a empresa, que é familiar, também conta com a sua participação”.
“Uma empresa familiar é isso, e é algo também que não é secreto”, sublinhou.
Estes investidores brasileiros “trouxeram as suas empresas para cá, para investir aqui, perceberam uma área de negócio (…) para imigrantes de língua portuguesa, especialmente brasileiros”, frisou.
“Eu sou jornalista há 20 anos e me mudei para cá mais recentemente, há um ano”, porque “acreditei mesmo que era capaz de a gente conseguir formar um grupo de comunicação social dentro dos valores democráticos, que entende a democracia como um valor em si mesmo, que entende a pluralidade como um valor democrático, que entende direitos humanos como valor democrático”, realçou.
No Brasil, ao longo da sua carreira de 20 anos, Nonato Viegas esteve nas revistas Veja e Época, entre outros meios de comunicação social brasileiros, como o jornal Globo. Quando foi convidado para editar a revista, os acionistas disseram-lhe que “o objetivo era zerar”, não havia a meta dos lucros, disse.
“Os acionistas entendem o papel de um órgão de comunicação social para a democracia, para a inclusão, para a integração, principalmente a dos imigrantes e estrangeiros”, e o lucro vem para eles de outras empresas, afirmou.
“O nosso objetivo é atender leitores de língua portuguesa em Portugal e na Europa, inclusive os portugueses emigrados na Europa”, destacou.
A revista impressa está nas bancas só em Portugal, mas alguns dos seus conteúdos vão ser disponibilizados no site, pensando nos leitores de língua portuguesa na Europa.
“O site pretende alcançar leitores de língua portuguesa em Portugal e na Europa. E aí a gente está falando de brasileiros, especialmente. Eu sou brasileiro e o os donos são brasileiros (…) Então é impossível a gente ignorar que os brasileiros serão o público especialmente mais atendido. Mas também pretendemos alcançar leitores de língua portuguesa, como africanos e os próprios portugueses emigrados na Europa”, adiantou.
Quanto aos conteúdos da revista, o diretor de informação disse que incluirá “reportagens, um pouco maiores, mais aprofundadas” e artigos de opinião, abordando, em ambos os casos, “assuntos que dizem respeito à comunidade de leitores”, no Brasil, em Portugal e em África.
Já o site incidirá “mais sobre serviços, matérias que atendam o dia a dia das pessoas”, ou seja, matérias mais informativas, que permitam ao imigrante ter acesso a determinados assuntos sobre os quais ainda não está informado, adiantou.
Para Nonato Viegas, a função do projeto BrasilJá é, assim, “complementar os veículos portugueses, que já tratam e se esforçam para cobrir temas de interesse de imigrantes”.
A revista foi lançada com uma tiragem de 10.000 exemplares, uma parte dos quais, 3.000, foi para as bancas, e o resto, nesta primeira edição, foi distribuído como oferta aos órgãos de comunicação social, entidades públicas, associações de imigrantes, associações de defesa dos direitos humanos, para a “tornar conhecida”, explicou o seu responsável.
Ao longo de um ano, “a expetativa dos acionistas é que esteja equilibrada”, ou seja, “3.000 vendas nas bancas e o resto assinaturas”.
Para controlar os custos, o projeto começou com uma redação pequena (agora não tão pequena), com apenas três pessoas (hoje com bem mais) contratadas e uma rede maior de colaboradores e ‘freelancers’, especialmente no Brasil, em Portugal, mas também noutros países, acrescentou.
Além da MaricáJá e da BrasilJá, a rede possui as revistas ItaboraíJá e RioJá.
Em Maricá, a direção da revista está à cargo da noiva do filho de Washington Siqueira (o Quaquá) e Rosângela Zeidan (fundadores da revista), Nathalia Muller.