PREFEITO WASHINGTON SIQUEIRA (O QUAQUÁ), PLANEJA USAR O FUNDO SOBERANO, RESERVA ESTRATÉGICA DA POPULAÇÃO, PARA INVESTIR NO CLUBE E PROMOVER SEGUNDO ELE A “ECONOMIA CRIATIVA". ENQUANTO ISSO, POVO ENFRENTA FILAS ENORMES PARA TENTAR REGULARIZAR O RBC
O cenário político e financeiro do Vasco da Gama ganhou novos contornos semana após declarações do prefeito de Maricá, Washington Siqueira (o Quaquá). Em entrevista recente, o gestor confirmou o interesse em adquirir o controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) vascaína utilizando recursos do fundo soberano da cidade, estimado em pouco mais de R$ 2 bilhões e meio.
A proposta envolve mais do que apenas futebol: segundo o prefeito, o investimento no clube carioca seria parte de uma estratégia de promoção da “economia criativa”, aliando o nome de Maricá a um dos gigantes do futebol nacional como forma de ampliar a visibilidade internacional do município.
Atualmente, o fundo soberano do município conta com R$ 2 bilhões aplicados e outros R$ 500 milhões disponíveis. Segundo o prefeito, R$ 1 bilhão já foi destinado a projetos de investimento, e a expectativa é liberar mais R$ 1 bilhão anualmente por meio da otimização dos gastos públicos, o que poderá SECAR a poupança da população maricaense.
Para consolidar a proposta, o prefeito já determinou a realização de um estudo técnico e econômico sobre a viabilidade do investimento na SAF vascaína. A análise deverá abordar os riscos, a estrutura de gestão atual e o potencial de retorno esportivo e institucional.
Até o momento, nenhuma proposta formal foi apresentada à diretoria do clube, hoje liderada por Pedrinho, mas a declaração pública já foi suficiente para movimentar os bastidores em São Januário. O interesse de Quaquá adiciona um novo ingrediente à disputa por controle da SAF, acirrando as expectativas sobre o futuro do Vasco e o futuro de Maricá, que com certeza tem INFINITAS prioridades reais e não utópicas.
A entrada de um investidor com capital público e visão de desenvolvimento regional pode representar uma reviravolta no modelo de financiamento de clubes no Brasil, e coloca Maricá no centro de uma discussão que ultrapassa os limites do futebol.
SEGUNDA TENTATIVA
O prefeito que é mestre em prometer e não realizar, disse em seu primeiro governo que faria um centro de treinamento do Vasco no Parque Nanci, onde hoje existe o Parque a Céu Aberto. Falou, apareceu nas mídias, tirou foto com Roberto Dinamite (na época presidente do Vasco), mas foi só mais uma utopia (como normalmente acontece).
FUNDO SOBERANO SÓ PODE SER UTILIZADO ATRAVÉS DE REFERENDO POPULAR
É bom lembrar que a lei que criou o Fundo Soberano de Maricá, garante que qualquer retirada excepcional da reserva só acontecerá através de referendo popular.
Enquanto isso, a cidade está um verdadeiro barril de pólvora com o cancelamento de mais de 15 mil benefícios do RBC - Renda Básica Cidadania (Cartão Mumbuca), levando grande parte da população ao desespero e movimentações para reaver o que lhes é de direito.
Manifestações são programadas, grupos em redes sociais mostram a realidade de uma população que vem sofrendo com os cortes desde a posse do atual prefeito em 1º de janeiro passado.
Lojas estão fechando, o comércio parando, pessoas desempregadas e as que ainda estão, vivem com medo da própria sombra.
Quando devolverão a nossa Maricá?