São quase 20 mil beneficiários do PAT (Programa de Auxílio aos Trabalhadores), destes, apenas 60% conseguiram migrar para o PPT (Programa de Proteção ao Trabalhador) que exige que o beneficiário seja um MEI (micro empreendedor individual), mas muitos não conseguiram por diversos motivos e voltarão a viver à margem da sociedade maricaense. Além disso, com o término do PAT, cerca de R$ 11 milhões mensais deixarão de circular na economia local, o que com certeza afetará enormemente o comércio da cidade, principalmente os localizados nos bairros mais afastados do centro da cidade ou das maiores concentrações comerciais.
O PAT foi um programa emergencial que a prefeitura elaborou a toque de caixa de em menos de dois meses de decretado todas as medidas restritivas em função da covid-19, o benefício começou a ser pago aos quase 20 mil inscritos e beneficiados. Inicialmente no valor de um salário mínimo (na época R$ 1.045,00), convertidos em Mumbucas, o benefício não só ajudou muitas famílias, mas movimentou o comércio da cidade com mais de R$ 21 milhões mensais.
Depois de pouco mais de um ano de benefício, o valor foi reduzido para R$ 600,00, mas o benefício se manteve até o final de 2021, quando uma nova onde de covid, agora com a cepa ômicron, começou a assolar o Brasil e Maricá não ficou de fora. O benefício foi prorrogado até abril.
Em 31 de março de 2022, fortes chuvas castigaram Maricá, causando muita destruição e perdas materiais para inúmeras famílias e comércios. Em função disso, um novo programa emergencial foi lançado para os afetados diretamente por este temporal e o PAT foi prorrogado até dezembro de 2022, foi tanto o executivo quanto o legislativo municipal, entenderam que muitos ainda estavam desempregados ou subempregados e precisariam do auxílio.
Com a chegada de dezembro, a prefeitura lança um novo pacote de programas assistenciais, privilegiando aqueles que produzem de alguma, e lança o PPT que pagará os mesmos R$ 600,00 (ou 600 Mumbucas) aos beneficiários, além de 10% daquilo que seja faturado durante o mês, para uma espécie de conta poupança no Banco Mumbuca, que poderá ser usada apenas uma vez por ano ou em casos extremos.
Mas o PPT, que beneficia aqueles que produzem, obrigando que o beneficiário seja um MEI, esqueceu daqueles que tentam produzir "no quintal de casa", ou tem um subemprego nas ruas da cidade, mas por algum motivo não conseguiram ser um MEI, assim como pequenas empresas na categoria ME (micro-empresa), que não puderam ser transformadas em MEI, mas que pagam mais impostos mesmo que faturando menos que muitas MEIs.
Estes ficarão à margem e oficialmente, não há nada que indique que terão qualquer outro tipo de benefício, a não ser o RBC (se estiverem inscritos), que terá novo cadastramento neste ano, mas ainda sem data confirmada.
FIM DO PAT
A última parcela do PAT foi paga na sexta feira à noite 17/3. O programa além de atender cerca de 20 mil beneficiários, jogou na economia maricaense desde abril de 2020 cerca de R$ 550 milhões, salvando muitos comércios de fecharam suas portas.
