PF, MPF e CGU cumprem mandados de busca e apreensão na cidade da Região dos Lagos, no Rio e em endereços em São Pedro da Aldeia, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Miracema, mais Vila Velha, no Espírito Santo.
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta segunda-feira (15) a Operação Exam, contra um suposto esquema de desvio de recursos para a Covid-19 e na Saúde de Cabo Frio, na Região dos Lagos do RJ.
A PF e o MPF afirmam que as irregularidades podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos, "prejudicando o combate à pandemia do coronavírus na Região dos Lagos".
Agentes saíram para cumprir mandados de busca e apreensão em Cabo Frio e em endereços na capital, São Pedro da Aldeia, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Miracema - mais Vila Velha, no Espírito Santo.
São 28 alvos, dentre residências, empresas e órgãos públicos, sendo 14 pessoas físicas, 11 empresas e três órgãos públicos. Um dos locais é a sede da secretaria municipal de Saúde, em Cabo Frio.
Foram mobilizados 90 agentes da Polícia Federal e 15 da Controladoria Geral da União (CGU).
A “Operação Exam” investiga desvios de recursos na área da saúde e do combate à pandemia em Cabo Frio, na Região do Lagos do Rio de Janeiro.
Segundo o MP Federal, a investigação começou antes da pandemia, com um procedimento do MPF, anterior à pandemia, que apurava licitações e contratos para a realização de exames laboratoriais
“O planejamento inicial era a realização de operações após passada a pandemia, uma vez que o MPF vem se colocando a favor de medidas restritivas, inclusive, quando for o caso, do isolamento social. Mas verificou-se a necessidade de se antecipar a ação", afirmou o procurador da República, Leandro Mitidieri.
Com a colaboração da Controladoria-Geral da União, a força-tarefa passou a inspecionar a aquisição e a distribuição de remédios.
No âmbito do inquérito instaurado na PF, as apurações recaíram sobre os recursos federais para combate ao Covid-19 no município.