O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou na noite desta quarta-feira mais uma denúncia feira pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador Sérgio Cabral. É o sexto processo no âmbito da Lava-Jato no Rio em que Cabral se torna réu, desta vez acusado de comandar um cartel com empreiteiras que teria fraudado as licitações para obras de reforma do Maracanã e do PAC das Favelas. O ex-governador, preso preventivamente desde novembro, também é réu em um processo da Lava-Jato que tramita na Justiça Federal em Curitiba.
A denúncia foi apresentada pelo MPF ainda nesta quarta-feira, e outros 19 acusados de integrar o esquema também viraram réus. Cabral é apontado como o comandante do sistema de fraude, em conluio com outros ex-membros do governo estadual e executivos de nove empreiteiras: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Delta, Queiroz Galvão, OAS, Odebrecht, Camter e EIT.
Eles são acusados dos crimes de fraude a licitações, abuso de poder econômico e cartel.
De acordo com o MPF, participavam do esquema, pelo lado do governo, além de Cabral, o ex-secretário de governo, Wilson Carlos, o ex-secretário de Obras, Hudson Braga e o ex-presidente da Empresa de Obras Públicas do estado, Ícaro Moreno Júnior. Wilson Carlos e Hudson Braga também foram presos preventivamente na Operação Calicute e estão em Bangu.
Pelas empreiteiras, foram denunciados os executivos Fernando Cavendish e Paulo Meríade Duarte (Delta); Benedicto Júnior, Eduardo Soares Martins, Irineu Meireles, Marcos Vidigal do Amaral e Karine Khoury Ribeiro (Odebrecht); Maurício Rizzo e Gustavo Souza (Queiroz Galvão); Louzival Mascarenhas Júnior, Marcos Antônio Borghi e Marcelo Duarte Ribeiro (OAS); Ricardo Pernambuco (Carioca Engenharia); José Gilmar Santana (Camargo Corrêa); Paulo César Almeida Cabral (EIT) e Juarez Miranda Júnior (Camter).