Ao sancionar os reajustes aprovados pela Assembleia para governador, vice, deputados e secretários, Sartori nos dá uma lição claríssima de política: como destruir grande parte do patrimônio político-eleitoral e da própria imagem em apenas 15 dias de governo.
A decisão do governador do RS criou um paradoxo indefensável: como apertar o cinto em quase todas as áreas da administração, mas deixando de fora a classe política?
Com esta decisão, Sartori deu um presentaço à oposição e começa a afastar de si parte importante do eleitorado que o apoiou, principalmente porque ele representava derrotar o PT. Como nos disse Maquiavel, "não é a intenção que valida um ato, mas seu resultado."
Governantes diferenciados são aqueles que conseguem fazer a leitura de que pequenos atos podem servir de grandes álibis durante todo um governo. Ou o contrário, se tornarem a âncora que vai puxá-lo para baixo.