terça-feira, 16 de dezembro de 2025

"O Inferno Tem Nome – E Atende por Quaquá!" por Amaro Barros

 


Triste é constatar que desde 2009 conhecemos de perto a natureza calhorda de Washington Quaquá. Ainda naquele ano, mais de 11.500 assinaturas foram colhidas por cidadãos indignados, reunidos sob o movimento "FORA QUAQUÁ", e entregues à Câmara Municipal com o claro objetivo de abrir um processo de impeachment contra o prefeito.

Mas o que se viu foi uma tragédia institucional: vereadores, que deveriam representar o povo, se renderam à velha prática da compra de apoio político. O pedido foi engavetado por 6/5 dos 11 vereadores, abafado por interesses obscuros, e o demagogo seguiu impune, firme no trono que havia transformado em balcão de negócios.

De lá para cá, Quaquá se tornou um símbolo da degeneração política: autoritarismo disfarçado de liderança popular, uso eleitoreiro de programas sociais, manipulação da máquina pública para favorecer aliados e perseguir adversários, e expansão descontrolada de obras superfaturadas ou inacabadas...

A res furtiva — o patrimônio público surrupiado — é repartida entre os comparsas do esquema, enquanto o povo assiste à cidade definhar. Educação de fachada, saúde precarizada, mobilidade urbana caótica e promessas sempre recicladas em época de eleição.

A oposição, infelizmente, mostra-se incapaz de enfrentá-lo com eficácia. Fragmentada por vaidades, interesses próprios e alianças suspeitas, não consegue sequer fazer cócegas no poder consolidado por esse déspota de província.

Washington Quaquá — esse personagem já carimbado nas páginas da corrupção fluminense — não é apenas um problema político. É um problema moral, social e ético. Sua permanência nos bastidores (ou à frente) do poder é um sintoma grave da doença que assola Maricá: a normalização da impunidade e o desmonte da dignidade administrativa...

Amaro Barros é radialista e jornalista