Entrada de Maricá pela Serra da Tiririca segue abandonada enquanto discurso de “turismo internacional” se repete, tanto pelo poder executivo, quanto por associações locais que nada conquistam. Por ser uma rodovia estadual (RJ 102), ESTADO E MUNICÍPIO BRIGAM PELA CONSERVAÇÃO!!!
A fala de moradores como Salete Franceschi, revela uma contradição gritante que se repete há anos em Maricá: enquanto se anuncia um suposto projeto de “turismo internacional”, a principal porta de entrada natural do município — a travessia pela Serra da Tiririca, chegando ao Recanto — permanece ignorada pelo poder público.
O Recanto, uma das entradas mais espetaculares de Maricá, oferece uma vista que emociona até quem atravessa a serra há décadas. A combinação de morros, mata preservada e o mar revolto é um cartão-postal natural que qualquer cidade com visão turística protegeria com rigor. Mas aqui, esse patrimônio segue tratado com indiferença.
Nem se fala em cuidado básico, muito menos em embelezamento responsável. A serra, que deveria receber ações permanentes de preservação, sinalização e manejo ambiental, acumula sinais claros de abandono. As curvas perigosas permanecem como estavam, resultado de um erro histórico: o desvio da estrada original — uma passagem reta e lógica — para atender interesses imobiliários. O traçado atual só existe porque, décadas atrás, abriu-se caminho para viabilizar o condomínio Serramar, que nunca chegou a ser oficialmente registrado como condomínio.
A estrada original, conhecida por quem vive a região há mais tempo, seguia pela área onde ficava a antiga casa da DDB: um trajeto muito mais coerente e seguro. A requalificação desse caminho poderia reduzir os riscos, valorizar a travessia e transformar a entrada da cidade em um símbolo de cuidado ambiental e urbanístico.
O cenário, porém, é o oposto. A Serra é esquecida, a estrada permanece perigosa e desestruturada, e a prainha — um dos maiores espetáculos naturais de Maricá — sofre com intervenções desastrosas, abandono e perda de sua beleza original.
Entidades associativistas do local fazem o discurso de 'tentar salvar o viés turístico do local', mas o que vemos é mais 'mimimi' do que ação.
Recentemente realizaram um grande encontro que chamaram de Pré-Natal Brasilidade onde 'alguns cobraram a falta do poder público no local', e literalmente, até no encontro onde NINGUÉM do poder executivo apareceu e nem ao menos enviou representante. Do poder legislativo, apenas o vereador Adelson Pereira se fez presente apenas prometendo ser um interlocutor das demandas dos moradores do local, junto ao executivo, mas o que vimos, foi uma reunião (com várias empresas de fora da região) onde a maior preocupação era captar novos associados para a instituição. Sobre o Natal Brasilidade ou qualquer 'coisa' ou ação para o Natal de 2025, ainda nada aconteceu. 'Pastel de vento!'
Enquanto discursos oficiais prometem grandes projetos e futuro turístico, o que se vê, na prática, é a negligência contínua com o que Maricá já possui de mais valioso: sua natureza singular, sua entrada emblemática e seu patrimônio ambiental que, sem ação imediata, que corre o risco de continuar sendo destruído.













