A Letónia lida atualmente com um dos desequilíbrios populacionais mais acentuados da Europa. O país apresenta um fosso demográfico onde as mulheres superam os homens em mais de 80 mil pessoas (quase 54% da população), uma realidade moldada por décadas de migração e disparidades na saúde.
Este cenário é resultado de tendências que se agravaram desde a era pós-soviética. Durante anos, o país registou uma saída maior de homens jovens para o estrangeiro. Somado a isto, a esperança de vida masculina é significativamente inferior à das mulheres, o que aprofunda a divisão de género com o passar do tempo.
Esta disparidade afeta diretamente a cultura de relacionamentos, a estabilidade da força de trabalho e o planeamento económico a longo prazo da nação. Atualmente, o governo letão enfrenta o desafio de uma força de trabalho em declínio e uma estrutura social que dificilmente será revertida a curto prazo.
Este caso serve como um lembrete de que a demografia não são apenas números, mas fatores que moldam toda a trajetória e o futuro de uma nação.
