O mundo realmente não é mais o mesmo e não será mais aquele que nós estávamos acostumados a viver. O tal NOVO NORMAL é realmente bastante novo e bastante ANORMAL. O mundo viveu a ainda vive um PANDEMÔNIO nessa pandemia da Covid-19, que agora aparece em alguns países com algumas novas variantes, mais agressivas e mais contaminantes.
Algumas vacinas já aparecem no mercado e alguns países já começam a vacinação em seus habitantes. Enquanto isso aqui no Brasil, a incompetência de um general que insiste em ser Ministro da Saúde pode fazer com que (por total falta de planejamento) tenhamos vacina mas não tenhamos SERINGAS para aplicar estas vacinas.
No mundo são 82.282.392 de casos confirmados com 1.796.768 mortes. O Brasil fecha o ano com cerca de 193 mil mortes (no fechamento desta edição em 30/12, os números oficiais indicavam 192.681 mortes e 7.563.551 casos confirmados). No estado do Rio são 426.259 casos confirmados e 25.078 óbitos.
Em Maricá, chegamos a 195 óbitos na quarta feira 30/12 com 8.400 casos confirmados. Destes, 3600 apenas no mês de dezembro e o restante nos oito meses da pandemia, o que mostra um crescimento anormal e absurdo em cerca de 30 dias. Hospitais municipais lotados, mas o povo em muitos casos sem respeitar as determinações e restrições imposta pela OMS e pela prefeitura municipal.
O prefeito Fabiano Horta se reuniu com o comitê de crise na tarde da terça feira e ampliou as medidas de restrições (veja matéria na página 5).
Uma das medidas que volta e meia são impostas, são as barreiras sanitárias nas entradas da cidade, onde só entram aqueles que comprovem serem moradores ou que tenham hospedagem confirmada ou estejam com moradores locais desde que estes também comprovem moradia. A SEOP se vangloria de fazer voltar alguns tantos carros durante os finais de semana quando tem essas barreiras, mas estranhamente, no final de ano com vários dias de “descanso e festas”, nenhuma barreira foi confirmada. Apenas a informação de que ônibus de turismo não poderão na cidade e carros não poderão estacionar na orla de Maricá (mas nada os impedirá de estacionarem nas ruas próximas, já que não haverão barreiras).
Mas por que nunca foram feitas barreiras nos terminais rodoviários (do centro e de Itaipuaçu)? Nossa reportagem não tem os números oficiais do terminal do quarto distrito, mas no terminal central, nossa reportagem checou números impressionantes de usuários dos vermelhinhos nos três últimos feriadões, o que comprova que muitas pessoas chegam à cidade de ônibus intermunicipais, vans e outros veículos e acabam indo TRANQUILAMENTE para as praias, sem nenhuma restrição ou comprovação de moradia. Conclusão: os terminais rodoviários são os melhores locais para BARREIRAS SANITÁRIAS.
Confiram os números de usuários dos vermelhinhos nos últimos três feriadões:
SEMANA DA PÁTRIA de 4 a 8 de setembro: 88.835 usuários.
PADROEIRA DO BRASIL de 9 a 13 de outubro: 89.465
FINADOS de 30 de outubro a 3 de novembro: 82.957 usuários
Se levarmos em consideração que supostamente metade destes números são de ida e a outra são de retorno, teremos nos três feriadões cerca de 130.628 passageiros, sendo que podemos considerar que metade destes números são efetivamente de moradores de Maricá, mas ainda assim teremos quase 70 mil pessoas que entraram em nossa cidade sem nenhum questionamento ou restrição, confirmando assim, a necessidade das barreiras sanitárias também nos terminais rodoviários.
O mundo não mudará em 2021. Ainda teremos muitos meses até que a vida volto ao tal NOVO NORMAL, mas para isso, ainda teremos que aguardar vacinas e temos que manter as restrições, o distanciamento e usar sempre as máscaras, para amenizar o grande problema que ainda convive e conviverá por muito tempo em nossas vidas.