A UPA de Inoã (Unidade de Pronto Atendimento), completou cinco anos de
funcionamento na quarta-feira, 20/09. Uma cerimônia reuniu autoridades, como o
secretário Geral e de Governo, Renato Machado, a secretária de Saúde,
Simone Costa e vários vereadores, dentre eles, o presidente da casa - Aldair de Linda. Renato Machado classificou a data como mais um marco de
resistência da vontade política de fazer sempre
mais pelos menos favorecidos.
“O
estado nos abandonou, mas Fabiano, tem dado
prioridade à Saúde, mantendo a unidade com recursos próprios
num momento em que várias delas fecham as portas ou reduzem o horário de
atendimento de 24h para 12h. Aqui, fazemos o contrário, ampliamos,
colocamos ambulância nova, contratamos vigia e segurança. Então, como
gestor desse governo eu me sinto orgulhoso por
poder estar aqui fazendo parte desse quinto ano de aniversário”,
declarou Renato. Desde sua inauguração, o estado não cumpriu o convênio
tripartite que define a gestão desse tipo de unidade. Com isso, o
município é obrigado a arcar com todos os custos, uma
conta que já chega perto de R$ 12 milhões.
A
secretária de Saúde, Simone Costa contou que participou de um evento em
Brasília onde todos queriam devolver as UPAs de
suas cidades por não terem condições de mantê-las. “Aqui, o atendimento
pode até demorar de acordo com a classificação de risco, mas restringir
ou dizer que tem só um médico não vai acontecer, porque esse é o modelo
de gestão que nós defendemos. Somos uma equipe
da Saúde”, garantiu, agradecendo o apoio dos vereadores e ressaltando
que, apesar de ser um espaço menor, a UPA é tão importante quanto o
hospital. “A UPA é menor apenas em tamanho, mas em urgência é igual”,
frisou. “Isso aqui salvou a vida de muita gente.
Então, valeu à pena todo o esforço que o município fez para manter essa
unidade. A UPA não fica em nada atrás do hospital. Ela é preparada
exatamente para salvar vidas”, disse o vice-prefeito Marcos Ribeiro que também esteve presente ao evento.
Diretor
da UPA desde janeiro, Carlos Augusto Nanci Júnior falou sobre a
abrangência dos atendimentos. “Para a comunidade,
essa UPA é muito importante porque aqui antigamente não tinha nenhum
recurso de Saúde. Nesses cinco anos, o atendimento englobou os moradores
de Itaipuaçu, Inoã, Rio do Ouro e adjacências de São Gonçalo, já que
por dia, são realizados uma média de 150, de acordo
com a época do ano”, pontuou.
Apenas
este ano foram realizados no local 41.897 atendimentos de urgência em
clínica médica; 14.214 em pediatria, 2.560 em
odontologia e 2.273 relacionados ao serviço social. A Unidade de Pronto
Atendimento de Maricá foi aberta como sendo do tipo 2, baseado no número
de habitantes de 100 a 200 mil, mas acabou reclassificada para o Tipo
3, com capacidade para em torno de 400 atendimentos
por dia. Atualmente, o local está recebendo intervenções como a
revitalização completa da fachada, a troca do piso interno e a
instalação de ar condicionado, além da pintura, para melhorar as
condições de trabalho e humanizar o atendimento. A unidade possui
raio X e faz exames laboratoriais, além do suporte para a realização de
tomografia e transferência auxiliada por assistente social.
Fotos: Clarildo Menezes |
Apesar da bela festa, a comunidade continua reclamando do mato alto que cerca a UPA, colocando um risco todos que vão a unidade de pronto atendimento, assim como alunos e familiares que acessam a rua para chegar a escola Darcy Ribeiro.
Foto: Barão de Inohan |