terça-feira, 10 de março de 2015

DILMA É VAIADA EM FEIRA DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO

Em viagem a SP, Dilma é vaiada ao visitar estandes de feira

Presidente participa nesta terça (10) de abertura de feira da construção civil.
Após as vaias, Dilma acenou e seguiu para outro ambiente.

A presidente da República, Dilma Rousseff, participa da abertura do Salão Internacional da Construção
 (Feicon Batimat) durante a manhã desta terça feira (10), no Anhembi, na Zona Norte de São Paulo
 (Foto: Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúdo)



A presidente Dilma Rousseff foi vaiada nesta terça-feira (10) ao visitar os estandes da 21ª Edição do Salão Internacional da Construção, em São Paulo. A vaia ocorreu minutos antes de ela seguir para anfiteatro do centro de eventos onde ocorre a feira, onde houve a cerimônia de abertura. As vaias duraram cerca de cinco minutos e a presidente não reagiu. Não havia público, pois a feira ainda não estava aberta e as vaias partiram de pessoas que trabalham no evento.

Dilma embarcou para a capital paulista na manhã desta terça e retornará à capital federal ainda nesta tarde. Nesta segunda (9), após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que pretende almoçar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes do retorno a Brasília.

Em meio às vaias, a presidente, que estava caminhando pela feira, chegou a mudar de direção. Acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e de empresários do setor da construção, Dilma chegou a acenar para os presentes.

No discurso, a presidente afirmou que o país passa por um momento difícil, mas que não há "uma crise da dimensão que alguns dizem que estamos vivendo".

Esta é a primeira de uma série de viagens que a presidente fará nesta semana. Nesta quarta (11), ela irá a Rio Branco (AC), onde visitará áreas atingidas pela cheia do Rio Acre e fará entregas de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Na quinta (12), informou a Secretaria de Imprensa, a presidente irá ao Rio de Janeiro.

Dilma afirma que não há crise 'da dimensão que alguns dizem'

Ela afirmou que conjuntura, mais difícil que antes, não ofuscará avanços.
Presidente disse que ajustes do governo não vão fazer o país parar.


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10), em discurso na abertura do 21º Salão Internacional da Construção, em São Paulo, que o país passa por um momento difícil, mas que não há "uma crise da dimensão que alguns dizem que estamos vivendo".

"O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo", disse.

Antes do discurso, ao chegar à feira, a presidente foi vaiada por pessoas que trabalham no evento enquanto visitava estandes. A vaia ocorreu minutos antes de ela seguir para anfiteatro do centro de eventos. As vaias duraram cerca de cinco minutos e a presidente não reagiu. Não havia público, pois a feira ainda não estava aberta.

Em sua fala, Dilma garantiu que o Brasil tem condições de avançar na economia e chegar a "novo patamar". Ao dizer que as dificuldades existem, a presidente defendeu as medidas de ajuste que o governo tem adotado nos últimos meses e afirmou que elas não vão comprometer as conquistas sociais, "tampouco vão fazer o Brasil parar".

"A conjuntura atual é muito mais difícil que nos últimos anos, mas ela não pode ofuscar os avanços nem tampouco obscurecer que hoje temos as bases, o aprendizado para ir muito mais além do que já fomos, para dar saltos de produção e de competitividade ainda maiores", disse.

A uma plateia formada por empresários, a presidente ressaltou que as medidas são necessárias, e, "justamente por isso", o governo tem feito ajustes nas contas públicas. Dilma destacou que a União absorveu "parte importante" da crise entre 2008 e 2014.

"Estamos fazendo ajustes, mas não abdicamos nem abdicaremos em estabelecer as condições para que, o mais rápido possível, tenhamos uma economia competitiva e mais dinâmica. Por isso, não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil", pediu a presidente aos empresários.